Na Parashá dessa semana, Chayê Sara, lemos que Yitschac casou-se com Rivca. Sara faleceu e Yitschac ainda está pranteando a morte de sua mãe. Mas assim que se casa com Rivca, é confortado, porque viu como ela era especial.

Como Yitschac sabia?

Havia três sinais. Quando Rivca entrava na tenda de Yitschac, uma nuvem de glória pairava acima da tenda. Yitschac dizia: “Enquanto minha mãe era viva, uma nuvem de glória sempre pairava sobre sua tenda. Porém isso desapareceu quando ela morreu.” Yitschac esperava outros sinais. Este logo vieram.

Quando Rivca assava a chalá para o Shabat, dizia modestametne a Yitschac: “Parece ter havido uma bênção especial na massa, porque cresceu tanto.” Yitschac ficava feliz. Lembrava-se que a massa de sua mãe tinha a mesma bênção.

Ao final da semana o terceiro sinal ficou claro. As velas de Shabat de Rivca ardiam durante toda a semana, assim como faziam as de Sara. Durante a semana inteira, Yitschac e Rivca sentiam a santidade que emanava da luz das velas do Shabat.

Toda mitsvá que cumprimos traz luz ao mundo. Porém nem sempre vemos ou sentimos essa luz. As velas de Shabat são especiais, porque podemos realmente ver sua luz, a luz da mitsvá, brilhando em nossos lares. Quando observamos o tremular suave das velas de Shabat, entendemos e sentimos a santidade especial que vem com essa mitsvá.

Você consegue imaginar como seria maravilhoso se esta santidade pudesse durar a semana inteira? Bem, é isso que Sara e Rivca sentiam; isso acontece também em nosso lar. As velas do Shabat nos trazem uma sensação de júbilo e paz. Embora possamos estar com muita pressa e atarefados em algumas sextas-feiras, nosso lar de repente se torna calmo assim que acendemos a velas. E esta luz permanece mesmo depois do término do Shabat. Embora não possamos realmente ver a luz durante toda a semana seguinte, como faziam Sara e Rivca, mesmo assim está lá, tornando nosso lar pacífico e feliz.

As velas do Shabat de Rivca trouxeram essa santidade quando ela tinha apenas três anos de idade! Isso serve de exemplo a todas as meninas judias e tornou-se um costume em vários lares de que, a partir dessa idade, ela começa a acender sua própria vela de Shabat e Yom Tov, auxiliada pela sua mãe, antes de ela própria acender as suas velas.
Assim que a menina atinge três anos ela participa dessa mitsvá de atrair a luz e a santidade ao seu lar e iluminar o mundo inteiro.