Moshê jamais vira pessoalmente a Terra Prometida, mas tinha fé explícita na garantia de D'us de que era uma Terra na qual "jorravam o leite e o mel."

Por isso, forneceu instruções detalhadas aos espiões, que os fariam retornar, pensou, com um relato extremamente favorável. O povo então viajaria à Terra em júbilo.

Esclareceu extensamente os espiões nos seguintes pontos:

1. Deveriam tomar a rota designada a mostrar-lhes a fertilidade da Terra, sua produtividade e clima favorável.

2. O sul de Israel é sua parte menos fértil. (Por esta razão as vizinhanças de Hebron foram escolhidas como cemitério.) Não obstante, até mesmo esta região era sete vezes mais frutífera que a cidade mais produtiva na fértil terra do Egito. Moshê instruiu os espiões para que começassem investigando esta região, e então prosseguirem para o norte, em direção a áreas cada vez mais produtivas, a fim de apreciar plenamente a fantástica abundância da Terra.

"Encontrem os louvores de Canaã," disse-lhes. "Vejam se os frutos são grandes e suculentos ou secos e mirrados (e não deixarão de notar quão saborosos são os frutos). Cortem alguns frutos de tamanho médio (para que os judeus vejam com seus próprios olhos que seus louvores e elogios não são exagerados)."

Moshê direcionou os espiões num segundo ponto básico. Sabia que os judeus temeriam a guerra contra os poderosos exércitos de Canaã. Portanto, mostrou que mesmo que os canaanitas eram fisicamente fortes, D'us os subjugaria por causa de sua inferioridade espiritual.

"Descubram," ordenou Moshê aos espiões, "se o tsadic Iyov (Job), que lá reside, ainda está vivo. Se faleceu, os habitantes estão sem méritos espirituais, e certamente os sobrepujaremos. Mesmo que sejamos mais fracos, D'us nos ajudará, pois os canaanitas não têm méritos para protegê-los."

Moshê ensinou o Nome Divino de Doze Letras aos espiões, como proteção contra os perigos. (Alguns dizem que deu-lhes seu cajado.)

No dia 29 de Sivan os espiões partiram em direção à Terra Prometida.