Quem dentre os cohanim recebia a mistvá de retirar as cinzas do altar?

Primeiramente, qualquer cohen de plantão no Bet Hamicdash naquela manhã poderia decidir que queria fazer terumat hadeshen. Quem primeiro começasse, recebia a mitsvá.

Se vários cohanim desejassem fazer terumat hadeshen, correriam pela rampa do mizbêach. Aquele que atingisse primeiro o topo da rampa, tinha o direito de cumprir a mitsvá.

Certa vez, entretanto, um triste incidente ocorreu. Dois cohanim chegaram ao topo ao mesmo tempo. Um deles estava tão ansioso para conseguir a mistvá que empurrou o outro cohen para fora da rampa. O homem rolou para baixo e quebrou a perna. Os juízes do Sanhedrin perceberam que as regras teriam de ser mudadas. Decidiram: "Como os cohanim amam até mesmo essa aparentemente humilde avodá a ponto de competirem por ela, de agora em diante deverá ser compartilhada da mesma maneira que os outros avodot (serviços) do Bet Hamicdash: por sorteio."

O "sorteio" no Bet Hamicdash era feito de maneira especial:

Os cohanim formavam um círculo. Cada cohen levantava um dedo, e o cohen encarregado do sorteio pegava um certo número, por exemplo trinta e sete. Então ele começava a contar os dedos levantados, começando de qualquer ponto do círculo e seguindo em volta. O cohen cuja contagem o atingia no número "trinta e sete" era o escolhido para a avodá. O cohen escolhido para a avodá de terumat hadeshen vestia bigdê kehuná, pegava uma pequena pá de prata e subia no altar. Enchia a pá com cinzas e depositava as cinzas no lado da rampa.

Um Fogo Deve Sempre Arder no Altar

D’us ordenou: "O fogo no mizbêach nunca deve se apagar. Os cohanim devem providenciar para que arda dia e noite, mesmo quando não houver corban no altar."

O fogo sobre o altar era mantido sempre aceso, mesmo no Shabat e até mesmo enquanto Benê Yisrael estava viajando pelo deserto."