Hoje não foi um dia normal. Mas, de certa forma, foi um dia muito normal para mim.

Houve sirenes intermitentes desde o início da manhã de sexta-feira, as pessoas estão seguindo as diretrizes do Comando da Frente Interna e se mantendo em casa, e há uma atmosfera estranha no ar, uma sensação de pavor misturada a uma fé serena que é difícil de expressar em palavras.

Como rabino Chabad na cidade litorânea de Netanya, meu trabalho inclui visitar pessoas em lojas e escritórios para compartilhar um pensamento de Torá e colocar tefilin com elas, tive muito menos "clientes" do que o normal desde o início do ataque.

A maioria das lojas está fechada, as ruas estão tranquilas e as pessoas estão se abrigando em casa. Mas todos que encontro, principalmente aqueles nos supermercados, que continuam funcionando, estão ansiosos para rezar, animados para cumprir uma mitsvá e fazer sua parte em fornecer proteção espiritual à nossa nação.

Eles ficaram muito felizes em ver que fui até eles e que levei meus filhos. Aqueles que prestam serviços essenciais estão fazendo isso como um ato de bravura e estão felizes em saber que não estão sendo esquecidos ou subestimados.

Vemos as explosões, ouvimos sobre os impactos diretos e as mortes, e estamos muito cientes de como a Mão de D'us está nos protegendo do que, de outra forma, teria sido um evento com muitas vítimas.

Agora, mais do que nunca, estamos em sintonia com a afirmação do Rei David: "Eis que o guardião de Israel não dorme nem cochila".

Isso sempre foi verdade, mas agora sentimos um pouco mais.

D'us está fazendo a Sua parte, nossos heróicos soldados estão fazendo a sua parte, os bravos cidadãos de Israel estão fazendo a sua parte, e eu, como rabino, estou fazendo a minha parte.

Porque, por mais anormal que o dia pareça, é um dia muito normal mesmo.