Após 584 dias como refém do grupo terrorista Hamas, o israelense-americano Edan Alexander, de 21 anos, foi libertado como parte das negociações entre os Estados Unidos e o Hamas.

Sua família lutou incansavelmente por sua liberdade nos últimos 18 meses. No primeiro aniversário, em 7 de outubro de 2024, dos ataques terroristas que levaram Edan como refém, seus pais, Adi e Yael, e seu irmão Roy, marcaram o dia visitando o Ohel, o local de descanso do Rebe — Rabino Menachem M. Schneerson, de abençoada memória — juntamente com o então candidato a um segundo mandato, o presidente Donald Trump, para rezar pela libertação de Edan. Suas preces foram atendidas.

O Ohel tem se tornado cada vez mais um lugar que atrai pessoas de todas as esferas da vida para pedir rezar e buscar inspiração. Aproximadamente um milhão de pessoas visitam o local todos os anos e, em novembro de 2023, 170 familiares de reféns voaram para o Ohel. Desde então, alguns dos reféns que foram libertados retornaram com seus entes queridos, que rezaram por eles para que agora dedicam suas preces pelos reféns restantes e pela segurança de Israel.

Presidente Donald Trump encontrou-se com Yael, Adi e Roy Alexander, pais e irmão de Edan Alexander, no Ohel do Rebe em 7 de outubro de 2024.
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O presidente Trump cumprimentou calorosamente os Alexanders e, durante a conversa, compartilharam que tinham provas de que Edan estava vivo. Isso foi novidade para o presidente Trump, que nas semanas e meses anteriores à visita de outubro vinha afirmando acreditar que a maioria dos reféns já não estava mais viva.

Centenas de pessoas se reuniram no Beit Chabad de Tenafly, onde Alexander cresceu e frequentou instituições Chabad, Pessoas em todo o mundo assistiram e celebraram emocionadas sua libertação.

Quando a notícia chegou à família, sua avó, Varda Ben Baruch, relacionou a redenção do neto à comemoração de Pessach Sheni, (Segundo Pessach) celebrado naquele dia.“Edan mereceu ter seu Pessach Sheni, uma segunda chance”, disse ela. “Edan sairá hoje, se libertará da escravidão alcançando a liberdade.”

Alexander tinha 19 anos quando foi sequestrado em 7 de outubro de 2023, na base militar de Nirim, perto da fronteira sul com Gaza. Nascido em Tel Aviv e criado em Tenafly, Nova Jersey, ele começou os preparativos para ingressar nas Forças de Defesa de Israel em seu último ano do ensino médio e mudou-se para Israel após a formatura para servir na Brigada Golani.

Alexander estava na base quando foguetes começaram a cair sobre Israel em 7 de outubro e respondeu que tinha estilhaços presos em seu capacete devido às explosões ao redor, mas encontrou uma área protegida quando sua mãe enviou uma mensagem preocupada dos Estados Unidos. Sua família perdeu contato com ele pouco depois das 7h. Alexander foi um dos 251 reféns sequestrados de Israel naquele dia.

Vários reféns libertados no acordo de novembro de 2023 confirmaram aos familiares de Alexander que o viram em Gaza e que ele manteve a calma e incentivou os outros reféns de que voltariam para casa em breve. Durante seus 18 meses em cativeiro, o Hamas publicou dois vídeos de Alexander como arma psicológica; o primeiro em novembro de 2024 e o segundo no mês passado, antes de Pessach. Eles também usaram seu perfil como cidadão americano para insultar Israel, alegando que haviam perdido Alexander no mês passado, após ataques israelenses a alvos terroristas em Gaza, o que se provou ser mais uma de suas propagandas enganosas.

Alexander, que completou 21 anos em cativeiro, é o último cidadão americano dos 24 reféns que ainda estão em Gaza. Quatro portadores de passaporte americano que foram assassinados em 7 de outubro estão entre os 34 reféns falecidos cujos corpos ainda estão sendo mantidos como resgate pelos terroristas do Hamas, incluindo seu amigo e colega soldado americano-israelense Omer Neutra. A libertação de Alexander foi acordada em negociações lideradas por Steve Witkoff como um gesto aos Estados Unidos e não obriga Israel a libertar quaisquer terroristas palestinos adicionais ou a interromper a guerra contra o Hamas. Israel saudou sua libertação, reiterando seu apelo consistente pelo fim da guerra assim que todos os reféns forem devolvidos para casa e o Hamas for desarmado.