Eles eram carne da sua carne, sangue do seu sangue...
Por Yitta Halberstam e Judith Leventhal
A viagem deles a Nova York teria sido um total desperdício? “Sabem,” disse a funcionária da agência, “tenho uma menininha maravilhosa chamada Miriam que está precisando desesperadamente de um lar.”
Herschel Shacter permaneceu vários meses no campo de concentração, ajudando judeus sobreviventes
"Eles me perguntavam várias vezes: 'Será que o mundo sabe o que acontece conosco?'", disse Schacter à Associated Press em 1981. "E eu pensava: 'Se meu pai não tivesse tomado o navio a tempo, eu também estaria aqui'."
“O oposto do amor não é o ódio, é a indiferença. O oposto da arte não é a feiúra, é a indiferença. O oposto da fé não é a heresia, é a indiferença. E o oposto da vida não é a morte, é a indiferença. ” Elie Wiesel
Se eu tivesse de resumir o tema que nos conecta, seria o triunfo da vida sobre a morte, da esperança acima do desespero.
Por Rabino Jonathan Sacks z”l
É difícil não sentir que alguma força maior tem trabalhado nas impressionantes tragédias e nos triunfos da história judaica, não somente nos tempos antigos mas também em nossa era.
Há muitos judeus que costumam associar o anti-semitismo com coisas do passado, com seus avós ou bisavós confinados em guetos ou em campos de concentração.... Hoje, em nossa era "civilizada" o que mais precisa acontecer para que um observador imparcial conclua que o anti-semitismo está bem vivo e é perigoso?
Podemos presumir que alguma explicação, suficientemente simples para encaixar-se nos limites finitos da razão humana, possa explicar um horror de tal magnitude?
Cheguei a Auschwitz-Birkenau, onde pelo menos 1,1 milhão de judeus foram mortos durante o Holocausto. O vasto campo reluzia com suas chaminés vermelhas nuas…
Praticamente todos tinham perdido entes queridos: pais, irmãos, irmãs, filhos. Não sei o quanto eles eram "religiosos" ou "espirituais" - mas sei que eles levavam a vida adiante com a convicção de que estavam fazendo aquilo que D'us desejava que fizessem, que suas vidas eram parte de algo maior que eles próprios.
Num mundo sem D’us o Holocausto não é uma questão teológica, mas sim uma declaração de quão baixo o homem pode descer. A pergunta não deve ser "Onde estava D’us durante o Holocausto?" mas sim: "Onde estava o homem?"
Heroína desconhecida fora da Polônia e apenas reconhecida no seu país por poucos historiadores devido ao obscurantismo comunista Irena nunca contou a ninguém sobre sua vida durante aqueles anos.
Quando seus pais chegaram em casa e viram Avraham com o bebê no colo, ficaram consternados. Como podia ele colocar três vidas em perigo por causa de um ato de compaixão impensada?
O tamanho da chama não é determinado pelo tamanho da vela. O "tamanho" da alma não é determinado pelo tamanho do corpo. Uma pessoa com um corpo pequeno não necessariamente possui uma alma "pequena".
Um dos aspectos mais chocantes do maior ato de desumanidade na história foi o extermínio de crianças entre as milhares de vítimas. Mais de um milhão e meio.
Há alguns dias o presidente iraniano Mahmoud Ahma-Dinejad declarou que o Holocausto jamais aconteceu… Este foi um discurso perigoso da mais alta ordem, porque não foi feito por um grupo marginal de terroristas, mas exibido ao vivo na TV.
Somos um povo que sabe muito sobre sofrimento e perseguição. E somos um povo que sempre quis fazer aquilo que é certo, o que é sagrado, independentemente das circunstâncias.
A maior ameaça ao Judaísmo não é a pressão externa, mas sim a confusão interna. Quando perdemos de vista a nossa missão, perdemos a força e a energia para sobreviver.
Muitas foram as falsas acusações feitas pelos inimigos dos judeus como desculpa para matá-los e roubá-los. Porém nenhuma foi mais perversa que a acusação de que os judeus usavam sangue cristão para as matsot de Pêssach.
Relatos do inferno: “Geralmente só conseguíamos cremar cerca de 1.700. Estávamos sempre atrasados porque, como pode ver, era bem mais fácil exterminar com gás do que cremar, o que exigia muito mais tempo e trabalho…”
"Qual é o problema, senhora?", perguntou a atendente.
"Você me colocou sentada ao lado de um judeu! Não posso me sentar ao lado desta pessoa nojenta. Encontre-me outra poltrona!"
Os homens estão de gravatas, coletes e paletós. As mulheres estão com vestidos finos e belos chapéus. Todos escreveram mensagens no verso das fotos. Todos eles escreveram: "Lembre-se de mim para sempre."
Israel reconhece cada um dos heróis que salvaram tantas vidas e presta sua eterna homenagem em Yad Vashem.
Mas não chore: os judeus não morreram em Auschwitz.
Sempre que uma comunidade judaica enfrenta atos de vandalismo e violência desta espécie, e passamos por episódios semelhantes em Londres, sinto-me inspirado pela inevitável reação da comunidade judaica.
Como o anti-semitismo é o caso exemplar de ódio à diferença, e como a diferença é essencial ao nosso conceito de pessoa, um ataque aos judeus – ou a qualquer outro grupo étnico ou religioso – é um ataque à humanidade.
O que foi o nazismo, o anti-semitismo, o holocausto, como vivemos, como morremos e como sobrevivemos ultrapassando tudo isto e – ainda, e apesar de tudo – estamos aqui, graças a D’us!
Todo mundo faz piadas sobre Nôach e sua Arca. Existe aquela sobre Nôach sendo o primeiro manipulador do mercado de capitais da história: a companhia dele flutuava enquanto o mundo inteiro estava em liquidação!
Ele jamais imaginou que sobreviveria a todos estes acontecimentos. Também jamais sonhou que encontraria uma mulher que partilhasse sua dedicação ao Judaísmo e estivesse preparada para o auto-sacrifício necessário para criar uma família observante de Torá na Rússia Comunista.
"Tenho de salvar estas pessoas, quantas eu puder. Se estou desobedecendo ordens, prefiro estar com D’us e contra os homens, que com os homens contra D’us."
Mais de cinqüenta anos se passaram para os judeus – e também para os não-judeus – e esta tragédia ainda provoca uma importante pergunta com relação à crença em D’us. É natural perguntar: onde estava Ele e por que Ele não fez nada para impedir que acontecesse?
Era 27 de julho de 1940. No mês de setembro anterior a Alemanha invadira a Polônia e relatórios horríveis dos crimes alemães contra os judeus se espalhavam.
Aquilo que nossos vizinhos não-judeus querem ver é uma comunidade judaica firme em suas crenças, bem-sucedida em suas escolas, entusiasmada pelo seu estilo de vida. Isso é o que D'us pretendia quando, no alvorecer da era judaica, disse a Avraham e Sarah: "Em vocês todas as famílias da terra serão abençoadas."
A única razão pela qual estamos vivos hoje como um povo é por causa de um D'us Todo Poderoso que nos preservou durante "noite" e "dia" a fim de aproximarmos o céu da terra, transformando o mundo em um lugar bom e Divino.
O Holocausto vai muito além da capacidade da compreensão humana. O Rebe manifestou claramente que é inconcebível explicar o Holocausto como um castigo Divino. Não existe maldade que possa justificar um sofrimento como o Holocausto.
Milhares de anos atrás, no primeiro Holocausto da história judaica ocorrido no Egito o grito de batalha foi: "Deixe meu povo ir!" Em nosso tempo, na esteira de um período de incompreensão, nasce um novo slogan: "Deixe meu povo saber."
Como "jardineiros" plantamos moral, ética, amor, compreensão, sabedoria, orgulho e legado e deixamos nossa impressão em todo o lugar por onde passamos, onde para alguns, infelizmente, despertamos ódio e inveja.
Quem de nós não possui antepassados que morreram ou assistiram perecer parentes no holocausto? E quando em seu coração você escutar o clamor deles indagando: "Então, meu filho, valeu a pena?" Qual será sua resposta?
“A Busca do Homem por um Significado”, por Viktor Frankl, vendeu mais de doze milhões de cópias. Frankl descreve suas experiências nos campos de concentração nazistas e como psicólogo, sobre o que lhe deu força para sobreviver.
Há alguns meses a Grécia não era um lugar bom para se visitar. Rebeldes enchiam as ruas, turbas violentas e furiosas com queixas do governo destruíam propriedades...
"Kristallnacht" ou "Noite dos Cristais Quebrados", a noite de 9 a 10 de novembro de 1938, na qual os nazistas organizaram um pogrom em toda Alemanha e Áustria ocupada, a terrível noite quando o Holocausto começou com toda sua fúria.
Enquanto eu for Primeiro Ministro, na ONU, Francofônia ou onde for, o Canadá vai tomar posição, custe o que custar. Não apenas porque é a coisa certa a fazer, mas porque a história nos mostra, e a ideologia anti-israelense nos diz muito bem, que aqueles que ameaçam a existência do povo judeu são uma ameaça para todos nós.
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