Um pai gostava de brincar com seu pequeno filho, a quem muito amava. Certa vez, trouxe-lhe uma bonita maçã, mas não a deu de imediato. Quando o menininho esticava o braço para pegar a fruta, o pai a afastava. O garoto tentou novamente e outra vez o pai afastou a maçã. Esta brincadeira foi repetida várias vezes.

O menino, todavia, era muito esperto. Elaborou um meio para obrigar o pai a lhe dar a maçã sem demora. Quando o pai de novo retirou a maçã, o garoto recitou imediatamente a berachá (bênção) sobre a fruta, que tão bem conhecia. O pai não teve escolha a não ser entregar a maçã para o filho comer, pois de outra forma a bênção teria sido em vão!

Em Yom Kipur, o Dia da Expiação, agimos de modo similar, quando jejuamos e rogamos a D'us para perdoar nossos pecados. Nas preces deste dia, pronunciamos uma bênção louvando D'us como "o Rei que perdoa os pecados".

Como D'us não quer que recitemos bênçãos falsas, Ele certamente deverá nos perdoar, mas para poder receber Seu perdão, devemos sentir arrependimento verdadeiro e sincero por nossas más ações e todo o mal cometido, nos comprometendo em não incorrer novamente em erros e transgressões.

Durante Yom Kipur, devemos aproveitar estes momentos tão significativos e aplicá-los em nossas orações sinceras. Por este motivo não existe "intervalo", "recreio": procuramos preencher o tempo livre com a leitura do Tehilim, Salmos de David.