Karina Engelbert, do Kibutz Nir Oz, voltou com suas filhas do cativeiro em Gaza. Agora ela está sentada em seu escritório, na associação "Mishkei HaNeguev", e ajuda a trazer uma agricultura de volta à vida no entorno de Gaza. “É uma imagem de vitória”, diz ela sobre seu retorno ao trabalho. No computador à sua frente há um adesivo: "Aqui não reclamamos."

Esta é a cena de abertura do filme "O Trigo Cresce de Novo - As Fazendas do Neguev". Aparentemente é apenas um filme promocional de “Neguev Farms”, e não é algo destinado ao público em geral. Na prática, comecei a enviar para muitos grupos de WhatsApp, porque é um registro comovente e importante de determinação e otimismo.

Dois dias depois de Simchat Torá, ao redor da cama de Avida Bachar, gerente agrícola de Beeri que estava hospitalizado em Soroka, foi realizada uma reunião de emergência. Avida perdeu a esposa e o filho em Simchat Torá, e também a perna. Quando não havia espaço na sala, Avida sugeriu que se sentasse no lugar de sua “perna sem perna”, que foi amputada.

A discussão era urgente: agora serão compradas sementes de batata dos Países Baixos por milhões de shekels? Haverá alguém que semeia e colhe? A decisão foi: sim. E dessa forma, um terço das batatas de Israel este ano foram semeadas. O próprio Avida, com as muletas, é filmado quando vem buscá-las.

Muitos agricultores foram assassinados ou sequestrados. E agora muitos de seus amigos estão diante das câmeras contando como apoiam o trabalho nos campos. Eles são agricultores durões, apenas aqui e ali tentando esconder as lágrimas. Eles descreveram com voz trêmula como os celeiros pegaram fogo e os grãos foram destruídos, mas também como milhares de voluntários apareceram para ajudar. Contam como é simbólico o que está acontecendo agora na natureza, e também acontece na alma: as sementes que apodreceram e depois crescem cobrindo o preto de verde. “Poderíamos pedir uma compensação em vez de trabalhar, mas esse não é o nosso espírito”, declaram.

“Há uma pessoa que entendeu a importância da agricultura de uma forma fantástica. Seu nome é Yahya Sinuar”, diz Oren Barnea, do Meshkei Neguev Mas agora também entendemos: Todos dizem: até o último sulco. “Semeamos e choramos”, diz um deles, referindo-se ao versículo do Tehilim, o livro dos Salmos “Aqueles que semeiam com lágrimas, colherão com cantos de júbilo”. E um agricultor do Kibutz Alumim descreve outra pequena imagem de vitória: “Esta é a nossa cura. Quando enviamos aos nossos evacuados no hotel em Netanya uma mensagem do kibutz informando que havíamos retornado para ordenhar as vacas, eles começaram a dançar no saguão."

Assista: o filme completo (Hebraico):