Este ano o Seder em Manaus foi diferente. Havia recém-chegados e veteranos que não víamos há anos. Foi especial para muitos, mas infelizmente nem todas as famílias puderam estar presentes. Uma jovem veio pela primeira vez e deixou o celular em casa. Porém, à medida que foi ficando tarde, os familiares em casa começaram a se preocupar com o paradeiro dela. Mandaram mensagens no meu celular pedindo informações, se estava tudo bem.

No entanto, meu telefone estava desligado para Yom Tov. Depois que o Seder terminou e a jovem estava segura em casa, o parente frenético enviou uma mensagem apenas pela manhã, reconhecendo que tudo estava bem.

As preocupações acontecem à noite, quando nossas mentes não estão claras. Nesses momentos precisamos ativar nosso modo de fé, Emuna. Nem todos os atrasos são desastres, fazem parte de um plano divino. Vemos isso na abertura do mar. Os judeus ficaram preocupados porque estavam em frente ao Mar Vermelho e tinham os egípcios em seu encalço. A fé deles teve que ser ativada e funcionou. Foi somente no dia seguinte, quando eles começaram a compreender todos os milagres que haviam testemunhado, que cantaram louvores a Hashem.

Noite não se refere necessariamente a um momento em que a lua está aparecendo. Pode parecer noite, mesmo durante o dia.

Quando uma pessoa se sente perdida ou em busca do verdadeiro propósito essa é a sua “noite”. Nosso Patriarca Avraham sentiu-se assim quando Hashem lhe disse para sacrificar seu filho. Como diz o versículo: “Ele viu a montanha de longe”. O propósito de sua vida e o plano Divino não estavam claros para ele.

Existem outros momentos da nossa vida em que tudo faz sentido. Olhamos para trás enquanto observamos e admiramos a mão de Hashem em nossa vida. Ele está sempre lá nos guiando, mas às vezes deseja que ativemos nosso modo de crença ou louvor. Use essas duas ferramentas, pois elas vão te ajudar a sair dos desafios atuais da vida, eu garanto.

Que possamos celebrar a redenção final dos momentos sombrios com a chegada de Mashiach!

Chag same’ach!