“Um fogo constante vai arder sobre o altar; não deve ser extinto”. (Vayicrá 6:6)
A Torá nos ordena à acender constantemente um fogo sobre o Mizbeach, o altar que ficava no pátio do Templo, e nunca apagá-lo. Além disso, como ensinado no Talmud Yerushalmi (Yoma 4:6), a ênfase da Torá sobre a constância deste fogo veio para nos ensinar que este fogo deve ser continuamente mantido, mesmo se os sacerdotes responsáveis por ele estiverem num estado de impureza ritual.
Este detalhe no serviço no Mishcan e no Beit Hamicdash, Templo Sagrado, pode nos ensinar uma lição em relação ao Santuário espiritual que cada judeu carrega dentro de si.
O altar representa o coração do homem, e o fogo no Mizbeach representa uma paixão aquecida pela Divindade. A Torá exige que mesmo quando os Cohanim (sacerdotes) estão num estado de impureza, eles ainda devem manter o fogo sobre o altar. Isso significa que, quando uma pessoa se sente impura e profana – distante de tudo que é sagrado, apesar de seu indesejável estado espiritual, jamais deve permitir que o fogo Divino que arde em sua alma seja extinto.
Ela, também, é ordenada a continuamente a atiçar as chamas naturaisde entusiasmo e paixão pela Divindade que arde em seu coração – como no coração de todo judeu. Ao manter aquele fogo aceso, a sua chama ardente irá permitir limpar a si mesmo da impureza. Conforme o Maguid de Mezritch interpreta este versículo homileticamente: “Quando o fogo sobre o Altar é constante, todo “não” (i.e., negativo) será extinguido.”
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