1. Ele era um adorado milagreiro
O Rabino Yisrael Abuchatziera, conhecido universalmente como Baba Sali, foi um dos líderes mais queridos dos judeus marroquinos. A sua liderança durou ao longo da dissolução tumultuada da maior parte da vida judaica em terras muçulmanas e a sua subsequente revitalização em Israel e no Ocidente. Um humilde fazedor de milagres – cuja vida consistiu do estudo da Torá e de sempre ajudar os outros – ele continua sendo reverenciado até hoje.
2. Ele era um elo na corrente dourada de cabalistas marroquinos
A família Abuchatziera, cabalistas reverenciados, traça sua linhagem até o Rabino Shmuel Elbaz, que foi aluno do Rabino Chaim Vital, valorizado e protegido do Arizal e principal divulgador de seus ensinamentos. O rabino Yaakov Abuchatziera, avô de Baba Sali, foi uma figura importante nos anais da história judaica marroquina, cujas obras, incluindo Abir Yaakov e Pituchei Chotam, ainda são amplamente estudadas.
3. Baba Sali significa “Pai que Ora”
Baba significa “pai” ou “avô” em árabe e diz-se que Sali é uma contração do nome “Israel” ou “orar” em árabe. E, de fato, durante a sua longa vida, milhares e milhares de judeus e não-judeus acorreram ao Baba Sali, que os recebia graciosamente e rezava por eles – muitas vezes com resultados milagrosos.
4. Ele cresceu no interior do Marrocos
Seu pai, Rabino Masoud Abuchatziera, era rabino e professor deTorá em Rissani, Tafilalt, um oásis à beira do vasto deserto do Saara, separado das grandes cidades marroquinas pelas montanhas do Atlas. Naquele local isolado, o jovem Yisrael dedicou noites e dias ao ascetismo e ao estudo. Ele frequentemente se abstinha de falar e jejuava de um Shabat ao outro.
5. Ele rapidamente foi reconhecido por sua grandeza
Quando Baba Sali completou 18 anos, foi nomeado para liderar a yeshiva em Rissani. Após tensões entre os habitantes locais e os franceses, que levaram à execução de seu irmão mais velho, o rabino David, em 1919, a família fugiu para a aldeia de Boudenib, onde Baba Sali foi nomeado rabino de toda a região.
6. Ele foi casado quatro vezes
Ainda em Tafilalt, por volta da idade do bar mitsvá, casou-se com sua prima, Rouchama, que faleceu no parto apenas dois anos mais tarde. Aos 16 anos casou-se com Farecha, com quem teve três filhos que sobreviveram até a idade adulta. Sua terceira esposa, Miriam, lhe deu quatro filhos. E sua última esposa foi Simi, cuja falecida filha, Esther, era casada com o rabino Yashar Edrei, diretor do Chabad em Netivot.
7. Ele mudou-se várias vezes
Em 1922, Baba Sali viajou para a Terra Santa e estudou na Beit Keil Yeshivá para Cabalistas. Foi então chamado de volta ao seu antigo cargo em Boudenib, onde serviu antes de seguir novamente para a Terra Santa, onde permaneceu antes de retornar ao Marrocos mais uma vez. Em 1951, ele e sua família imigraram novamente para a Terra Santa, mas logo se mudaram para a França e depois para o Marrocos.
8. Baba Sali se preparou para as grandes festas naYeshivá Chabad
Durante sua última década no Marrocos, ele viajava todos os anos para a Yeshiva Chabad em Brunoy, França, onde mergulhou nos ensinamentos Chabad como convidado pessoal do Rabino Nissan Nemanow. Certa vez, os estudantes observaram que, depois de chegar de uma cansativa viagem de 10 horas vindo do Marrocos, tarde da noite, ele desenrolou um tapete, sentou-se e começou a estudar. Isso continuou até o amanhecer, quando ele estava pronto para começar o dia.
9. Ele tinha uma conexão profunda com o Rebe
No Marrocos, ele trabalhou lado a lado com o Rabino Shlomo Matusof e a equipe de emissários Chabad de lá. Através deles (e por conta própria), ele frequentemente se correspondia com o Rebe – tanto sobre seus assuntos pessoais quanto sobre questões pertinentes à comunidade.
10. Ele nunca visitou os EUA
Em 1952, ele desejava imigrar para os Estados Unidos, onde esperava estudar Torá e servir a D'us com menos distrações. Ele mudou seus planos, entretanto, depois de receber uma carta do Rebe avisando-o de que ele poderia realizar muito mais entre seus companheiros judeus sefarditas.
11. Ele apoiou com entusiasmo as campanhas das mitsvot
Quando o Rebe lançou as campanhas de tefilin e velas de Shabat (em 1967 e 1973, respectivamente), ele entusiasticamente colocou todo o seu esforço nelas e encorajou outros a fazerem o mesmo. O mesmo aconteceu com a campanha do Rebe para que as crianças comprassem cartas em um Rolo da Torá especial, com Baba Sali chegando ao ponto de escrever que enviava sua bênção pessoal a cada criança que comprasse uma carta.
12. Ele morava na humilde cidade de Netivot
Em 1964, retornou à Terra Santa e lá permaneceu pelo resto da vida. Em 1970, ele se mudou para a cidade desértica de Netivot, que ficou para sempre associada ao seu nome e legado.
13. Seus milagres eram lendários
Baba Sali costumava distribuir arak, uma bebida forte, como um canal através do qual acontecia uma cura milagrosa. Quando ele dava a uma pessoa um copo de arak, a expectativa era que ela bebesse junto com um desejo pela chegada de Mashiach. Há também histórias sobre ele cobrindo uma garrafa de arak com um lenço e depois derramando muito mais do que a garrafa poderia conter. Ele costumava dizer às pessoas que suas bênçãos dependiam do aumento da observância de suas mitsvot, o que elas fariam com prazer.
14. Ele viveu uma vida simples
Mesmo enquanto magnatas, autoridades eleitas e lideranças afluíam à sua porta, Baba Sali permaneceu simples como sempre, vestindo o mesmo manto e capuz de estilo marroquino que usou durante toda a vida. Os cheques oferecidos por doadores ávidos e os presentes luxuosos enviados para ele não significavam nada para ele. Baba Sali estava satisfeito com seu tapete simples e seu pequeno quarto, onde poderia servira D’us em paz.
15. Ele sofreu uma tragédia pessoal
A vida de Baba Sali foi pontuada por sofrimento. Além da execução de seu reverenciado irmão mais velho, ele sobreviveu à morte prematura de sua primeira esposa e ao falecimento de vários de seus filhos, incluindo seu filho mais velho, Baba Meir, que era visto como o próximo na linha de sucessão a se tornar o herdeiro de seu. legado.
16. Ele publicou poucas obras
Toda a sua vida pode ser vista como uma lição viva de Torá e devoção, mas ele deixou poucas obras impressas. Grande parte de sua escrita foi perdida. A obra Ahavat Yisrael foi publicado após seu falecimento. Ele também deixou vários piyyutim (orações poéticas) originais, incluindo Yodu Lecha Raayonai (“Meus pensamentos lhe agradecerão”), no qual ele canta sobre a alegria que terá ao receber Mashiach.
17. Sua Hiloula é comemorada em 4 de Shevat
Baba Sali faleceu em 4 de Shevat (8 de janeiro de 1984), aos 94 anos, e foi sepultado no mesmo dia em Netivot. Todos os anos, a data é marcada com celebrações de hillulah que incluem canto, festa e compartilhamento de palavras de Torá e inspiração.
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