10 de agosto de 2023

Com os incêndios florestais já tendo feito 89 vítimas fatais e deixando milhares de desabrigados na ilha de Maui, equipes de emergência continuam sua busca por sobreviventes nas ruínas carbonizadas de edifícios destruídos. Emissários e voluntários de Chabad-Lubavitch se juntaram aos socorristas para ajudar os residentes de Maui e milhares de turistas que tiveram que evacuar a ilha e lidar com o desastre.

O rabino Mendel Krasnjasnky, do Chabad de Maui, relatou que várias casas pertencentes a residentes judeus sucumbiram ao incêndio. Ecoando seu apoio inabalável durante calamidades passadas – como em desastres naturais anteriores como o furacão Lane em 2018 – o centro Chabad está oferecendo serviços vitais – incluindo moradia, serviços de Shabat e apoio emocional.

“O telefone está tocando sem parar com ligações de turistas retidos, famílias tentando entrar em contato com seus familiares e pessoas de todo o mundo querendo ajudar”, disse Krasnjansky ao Chabad.org . Ele está ajudando a arranjar lugares para as pessoas ficarem e e se alimentarem, e mantendo o Beit Chabad aberto 24 horas por dia para obterem refeições, abrigo e acolhimento.

“Há muitos visitantes, muitos moradores locais, muitos israelenses com negócios [nas áreas afetadas] e a maioria escapou por pouco”, disse ele, acrescentando que ainda não conseguiram contatar todos nas áreas mais afetadas da ilha, conforme pesquisa. As operações de resgate continuam na ilha.

“Ainda há pessoas que esperamos ouvir”, disse Krasnjansky. “Quanto aos danos até agora, foram devastadores. As pessoas perderam seus negócios, suas casas, tudo.”

Beit Chabad aberto para abrigo e Shabat

Enquanto o Beit Chabad permanece aberto para os serviços de Shabat e refeições, além de abrigo, muitas pessoas continuam embarcando em voos para outras ilhas, disse o rabino. “Muitos querem ficar em segurança antes do Shabat”, observou ele.

Alguns residentes que perderam suas casas e aqueles que ainda fogem dos incêndios estão sendo alojados no Beit Chabad, enquanto outros foram acolhidos nas casas de membros da comunidade.

David Goldberg, que mora na mesma rua do Beit Chabad, está no local reforçando a ajuda. Ele passou os últimos dias ajudando a administrar o fluxo de pessoas que vinham ao Beit Chabad para tomar banho, rezar, colocar tefilin ou apenas para dormir.

“Abrimos espaço para quem precisa. E todo mundo tem sido super gentil”, disse Goldberg. “Muitos têm apenas seus celulares”, disse ele sobre os turistas que deixaram seus hotéis apenas com o necessário para passeios de um dia e não puderam voltar. Ele também fornece material para pessoas que permanecem na praia ou em seus carros.

Quando a área estava sendo evacuada, Goldberg transportou os rolos da Torá para um local seguro e, quando o local fosse liberado, arranjaria um espaço no Beit Chabad para uma família cujos planos de bar mitsvá foram adiados pela tragédia.

“Estamos apenas tentando colocar as pessoas em suas casas para que possam dormir ou mesmo descansar por algumas horas para mais tarde prosseguir com seus planos de viagem”, disse Goldberg.

Goldberg, que está em Maui há seis anos e possui uma empresa de aluguel de Jipes, passou a quinta-feira caminhando até Lahaina para entregar água e combustível. Ele ajudou pessoas agora sem-teto, membros da comunidade cujos negócios foram destruídos e turistas que deixaram seus hotéis para passeios de um dia apenas para descobrir que não tinham como recuperar seus pertences. Ele diz lamentar a perda de vidas além da história e cultura da área totalmente destruída.

“Com vidas perdidas e propriedades dizimadas, estamos sofrendo uns com os outros durante este período inconsolável”, disse o prefeito de Maui, Richard Bissen.