1. Ele foi o antagonista da história de Purim

Conforme registrado no Livro de Esther, Haman foi o intrigante primeiro-ministro que convenceu o rei Achashverosh a permitir a aniquilação de todos os judeus em seu extenso império da Pérsia e Medéia. Sua queda - e o impressionante desenrolar de sua trama - é celebrada anualmente na Festa de Purim.

2. Ele era um descendente de Amalek

O Livro de Esther nos conta que Haman era descendente de Amalek, uma nação conhecida por seu ódio ao povo judeu. O rei Shaul, ancestral de Esther e Mordechai, falhou em seguir a ordem de D'us para se livrar do rei amalequita Agag, e os eventos de Purim podem ser vistos como uma "revanche" para esta rixa secular.

3. Ele foi um barbeiro

As Escrituras nos apresentam a Haman como um dos ministros do rei Achashverosh. Segundo os sábios, isso ocorreu após uma carreira de 22 anos como barbeiro na cidade de Kfar Kartzom.1

4. Ele era o misógino, Memuchan

Quando a rainha Vashti recusou as ordens de seu marido para mostrar sua beleza diante de seus companheiros bêbados, Haman, conhecido pelo nome de Memuchan, 2 aconselhou o rei a emitir um decreto real de que toda mulher deveria obedecer a seu marido e falar apenas sua língua em casa.3

5. Ele se via como um semideus

Depois que o rei Achashverosh promoveu Haman a primeiro-ministro, ele aprovou uma lei exigindo que todos se curvassem diante de Haman, que se considerava um deus4 e até gravou um ídolo em seu coração.5 Mordechai, porém, líder dos judeus naquela geração,6 recusou-se a se curvar. Isso irritou tanto haman a ponto de planejar exterminar todos os judeus7 e fez planos e construiu uma forca alta para enforcar Mordechai diante de todos.8

6. Ele era incrivelmente rico

Como parte de sua campanha para acabar com os judeus, Haman ofereceu ao rei uma soma astronômica de dinheiro - um presente de 10.000 talentos de prata (que o rei recusou) para agradar ao rei e poder dessa forma concretizar seu plano.9 Como ele tinha tanto dinheiro? A tradição diz que foi pilhado pelos reis da Judéia e do Templo Sagrado. 10

7. Ele tem muitos títulos

Na conversa comum, ele é conhecido como Haman HaRashá, “Haman o perverso”.No Livro de Esther, o nome de Haman é frequentemente acompanhado por denominações: Haman, o Agagita, 11 Haman, o Maligno, 12 Haman, Inimigo dos Judeus, 13 etc.

De acordo com a tradição Chabad, sempre que seu nome é mencionado com esses títulos adicionados durante a leitura da Meguilá, é costume bater, girar o rash rash (reco-reco) fazendo bastante barulho para expressar nosso desdém por ele (outros fazem isso toda vez que seu nome é mencionado).

8. Sua queda foi impressionante e rápida

Certa noite, após desfrutar de uma festa privativa apenas com o rei Achashverosh e a rainha Esther, Haman resolveu enforcar Mordechai. No dia seguinte, ele:

  • Desfilou pelas ruas com Mordecai - vestido com as roupas do rei e montado no cavalo do rei - pelas ruas de Shushan, clamava: "Assim será feito ao homem a quem o rei deseja honrar!"14
  • Esther revelou sua identidade judia e disse ao rei que Haman estava tramando contra seu povo. 15
  • Haman acabou morto, tendo sido enforcado na forca que havia preparado para Mordechai.16

9. Ele Se Orgulhava de Seus Muitos Filhos

O Livro de Esther nos conta que seus muitos filhos estavam entre as coisas que lhe davam grande orgulho.17 Quantos filhos ele teve? Alguns dizem 40,18 outros 100,19 e outros ainda dizem 208.20 Mais tarde, lemos que seus 10 filhos foram pendurados na mesma forca que seu pai. 21

10. Ele foi manipulado por sua esposa

Haman teve a má ideia de fazer uma forca para Mordechai por "sua esposa, Zeresh, e todos os seus amigos". 22 Mais tarde, quando a situação começou a dar uma reviravolta, ela zombou dele: “Se Mordechai, diante de quem você começou a cair, for de origem judaica, você não prevalecerá contra ele, mas certamente cairá diante dele”. 23

A tradição 24 nos diz que depois que Haman foi enforcado, Zeresh fugiu em desgraça com seus 70 filhos sobreviventes, reduzidos a mendigar de porta em porta.

11. Algumas pessoas penduram efígies de Haman

Existe o costume de criar uma efígie de Haman e depois pendurá-lo em Purim. Ao longo dos anos, e em vários países, desenvolveu-se uma série de costumes coloridos quanto ao tratamento exato deste boneco Haman. Em alguns lugares foi atingido por flechas, outros o queimaram ou o destruíram criativamente.

12. Não sabemos nada sobre seu chapéu ou orelhas

Em Purim, comemos guloseimas triangulares conhecidas como “ hamantaschen ” para celebrar a queda de Haman. A lenda urbana (conforme apoiado por muitas edições ilustradas da Meguilá) é que a forma do biscoito é uma alusão ao chapéu de três pontas que Haman usava. Outra lenda, especialmente popular em Israel, é que as guloseimas refletem o formato das orelhas de Haman. Ambos os mitos não têm suporte textual.