Este notável poeta e filósofo judeu nasceu em Málaga, Espanha, por volta do ano 4782 (1021), e faleceu em Valencia, Espanha, com a idade de 36 ou 37 anos.
Apesar de sua vida breve, Shlomo Ben Yehuda ibn Gabirol, conquistou grande fama durante seu tempo de vida, e ainda mais após sua morte quando seus escritos se tornaram mais amplamente conhecidos.
Seu pai Yehuda era um nativo da famosa cidade de Córdoba que na época estava sob domínio árabe. Cerca de dez anos antes do nascimento de Solomon, quando a guerra irrompeu naquela parte da península espanhola, seu pai mudou-se para Saragoza, também sob o domínio árabe. Mais tarde se mudou para Málaga, onde Solomon nasceu.
Perdendo os pais ainda muito cedo, Solomon mesmo assim continuou seus estudos do Talmud, nos quais encontrou seu único consolo. O jovem Solomon era um ardente erudito e se tornou bastante proficiente no hebraico, bem como nos idiomas arábicos e na gramática. Ele também estudou astronomia, geometria e filosofia. Ele começou a escrever poesia hebraica ainda muito jovem. Aos 16 anos ele compôs um famoso poema começando com as palavras “Eu sou o mestre, e Canção é minha escrava.” Este poema chamado de “azharot” é baseado no Taryag (613) mandamentos da Torá, e foi incluído no serviço de Shavuot de muitas congregações.
Naquele ano, o famoso Rav Hal Gaon faleceu na Babilônia, e Solomon Ibn Gabirol escreveu quatro poemas obituários sobre o falecimento desse notável erudito.
Gabirol cantava os louvores de Rabi Samuel Hanagod e também de outro ministro judeu, Jekuthiel ibn Hasan de Saragoza. Este se tornou amigo e patrono de Gabirol. Infelizmente, Hasan teve uma morte violenta por causa de uma falsa acusação feita por seus inimigos. Gabirol, que na época tinha dezoito ou dezenove anos, compôs um comovente discurso sobre a perda de seu amigo.
Alguns hinos religiosos de Ibn Gabirol foram incluídos no livro de preces. Esses incluem além de “Azharot” mencionado acima, seu “Shir HaCavod” (Canção da Glória), e “Shir Hayichud” (Canção da Unidade). Outro de seus famosos poemas é “Keter Malchutj (Coroa Real). Ibn Gabirol também escreveu “Kinot” (réquiem) sobre a destruição do Templo e o sofrimento de Israel.
A vida de Ibn Gabirol não foi muito feliz, pois ele era um homem jovem e sozinho com uma alma sensível. Ele não hesitava em usar seus dons poéticos para denunciar a falta de sentimento judaico por parte de alguns membros proeminentes de sua comunidade.
Como resultado disso, ele adquiriu muitos inimigos que tornaram sua vida em Saragoza infeliz. Por fim, Ibn Gabirol foi banido de sua cidade natal e passou alguns anos sofrendo muitas dificuldades. Não admira que haja um toque de amargura em seus poemas, mas também com frequência anexado com um senso de humor.
Aos 23 anos de idade, Ibn Gabirol escreveu seu livro “Tikun Midot Hanefesh”, (Melhora das Qualidades da Alma). Na mesma época ele também escreveu “Mivchar Hapeninim,” (Escolha de Pérolas). Ambos foram escritos em árabe e subsequentemente traduzidos para o hebraico por Yehuda ibn Tibon. Nesses livros, Gabirol apresenta uma coleção de ditados e máximas dos judeus, bem como de fontes não judaicas.
Seu livro mais famoso é “Origem da Vida”, que ele escreveu aos 28 anos de idade, novamente em árabe. Esta é uma obra filosófica que ganhou grande popularidade em sua tradução latina “Fons Vitae,” (Fonte da Vida). O original árabe foi perdido mas a versão em latim está preservada, e uma tradução ao hebraico foi publicada em 1926.
A forma pela qual ocorreu a morte de Ibn Gabirol está envolta em mistério. Alguns falam que ele foi levado à morte por um cavaleiro árabe, na mesma maneira que Rabi Yehuda Halevi perdeu sua vida.
Ibn Gabirol, ficou conhecido como uma das figuras proeminentes da escola hebraica de poesia religiosa e secular durante a Idade de Ouro judaica na Espanha mourisca.
Nascido em 1021 em Málaga e faleceu aos 37 anos em Valência, Espanha.
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