Israel abriu oficialmente sua embaixada nos Emirados Árabes Unidos neste domingo (24), com a chegada a Abu Dhabi do embaixador Eitan Na'eh (foto).

O acontecimento ocorreu no mesmo dia em que os Emirados Árabes Unidos aprovaram a abertura de sua embaixada em Tel Aviv.

"A embaixada trabalhará para promover os interesses de Israel e estará à disposição de seus cidadãos", disse o Ministério das Relações Exteriores em comunicado.

A embaixada funcionará a partir de um escritório temporário, que passará a atuar nos próximos dias, até que seja encontrado um local permanente, disse o ministério.

Na'eh, ex-embaixador na Turquia, é o primeiro israelense a ter status diplomático completo no estado do Golfo, após a normalização dos laços com Israel no ano passado.

Ele chefiará a missão temporária por vários meses, até que um embaixador seja nomeado, de acordo com informações da emissora pública Kan.

Israel, Emirados Árabes Unidos e Bahrein assinaram o acordo de normalização - os Acordos de Abraão - mediado pelos EUA na Casa Branca em 15 de setembro de 2020.

A abertura da embaixada vai permitir que as relações bilaterais entre os países se ampliem ainda mais, disse o chanceler Gabi Ashkenazi.

Ashkenazi também elogiou a decisão dos Emirados Árabes Unidos de abrir sua própria embaixada.

"Esta é uma decisão importante que vai avançar os laços calorosos entre as nações", disse ele. "Estamos ansiosos para receber os representantes dos Emirados Árabes Unidos em breve".

O Embaixador da União Europeia em Israel, Emanuele Giaufret, felicitou Na'eh pela posse no cargo.

O Gabinete dos Emirados Árabes Unidos também aprovou neste domingo (24) o estabelecimento de uma embaixada em Tel Aviv. Os Emirados Árabes Unidos e Israel concordaram em normalizar as relações em agosto, um acordo feito em grande parte devido aos temores comuns do Irã.

Desde então, Bahrein, Sudão e Marrocos também concordaram em estabelecer laços com Israel em negócios mediados em 2020 pelo governo do ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump com o objetivo de construir uma frente única contra Teerã