Baseado nos Ensinamentos do Rebe

“O rio fervilhará de rãs, e quando elas emergirem, entrarão em seu palácio, seu quarto e sobre sua cama, e dentro das casas de seus servos e entre o seu povo, e em seus fornos e em suas amassadeiras.“ (Shemot 7:28)

A aflição dos egípcios teve início com as águas do rio Nilo transformando-se em sangue. O próximo estágio para quebrar as garras da opressão egípcia foi quando D'us feriu a terra com sapos, que saíram das águas do Nilo para as casas dos egípcios, em seus quartos e cozinhas.

As pragas que derrubaram o Egito representam os passos que um judeu deve dar para escapar de seu Egito pessoal também - as limitações internas que impedem nosso serviço a D'us.

As duas primeiras pragas envolveram água, que é fria por natureza e, portanto, representa uma atitude de frieza - desapego e indiferença. O aquecimento do Egito e tudo relacionado ao Faraó com sapos, cujo habitat natural é a água, simboliza que para se libertar das garras poderosas de nosso Egito interno requer que estejamos alheios e indiferentes a todas as luxúrias e emoções físicas e materiais.

Sob circunstâncias normais, livrar-nos de apegos materiais e superfluos seria o primeiro passo antes de nos esforçarmos em viver uma vida devotada a D'us e Seus mandamentos.

Mas as rãs não foram a primeira praga, e sim a segunda. Elas foram precedidas pela praga do sangue, que simboliza a necessidade de abordar a santidade e a Divindade com calor e entusiasmo apaixonado, como o sangue naturalmente quente e vivificante que substituiu as águas frias do Nilo.

A ordem das pragas ensina que devemos infundir nossa Torá e mitsvot com fervor e entusiasmo, mesmo que ainda não tenhamos esfriado completamente nossas luxúrias e desejos espiritualmente deficientes. Se alguma escuridão e paixão indesejável ainda permanecer, ela será finalmente dissipada através da luz e do calor de nossas mitsvot repletas de paixão.

Likutei Sichot, vol. l, pag. 123