O homem então é a árvore do campo. (Devarim 20:19)

Segundo o seu significado simples, este versículo está questionando a lógica de destruir brutalmente uma árvore frutífera quando você está empreendendo uma guerra contra os habitantes de uma cidade. “O homem é a árvore do campo, a tal ponto que a árvore também é nossa inimiga?” O Talmud (Taanit 7a), no entanto, interpreta este versículo como declarando uma questão de fato: na verdade, o homem é como a árvore do campo.

Esta comparação de homem à árvore nos ensina uma importante lição sobre a relevância da primeira educação que damos aos nossos filhos, que pode ser comparada a cuidar de uma árvore nos seus estágios iniciais. Um arranhão numa árvore adulta é indesejável, mas não é como devastar o futuro inteiro da árvore.

Uma árvore desenvolvida é suficientemente forte para se recuperar deste dano, e pode continuar a crescer saudavelmente e frutificar apesar de sofrer pequenas deficiências.

Numa semente ou num broto jovem, porém, até o menor arranhão vai marcar a árvore para sempre, e possivelmente arruinar as chances de a árvore crescer reta, alta e saudável.

O mesmo é verdadeiro sobre a educação dos filhos. Padrões comprometidos são indesejáveis até para adultos, mas tamanha concessão na educação dos filhos é totalmente devastadora. Para nutrir e criar uma geração de judeus que sejam espiritualmente corretos, devemos garantir que nossos filhos recebam uma educação judaica saudável e não atenuada começando especialmente na primeira idade.

Os efeitos positivos a longo termo até da menor medida de melhoria na área da educação judaica justificam todo esforço que podemos empreender a esse respeito.

Likutei Sichot vol. 1, pág. 82; Igrot Kodesh vol. 2, pág. 82