“Nós clamamos a Hashem, e D'us ouviu nossa voz e viu nossa aflição, nossa labuta, e nossa opressão.” (Devarim 26:7)

A oferenda de Bikurim, os primeiros frutos maduros do ano que levamos ao Beit Hamicdash, é acompanhada por uma proclamação, agradecendo a D'us pela Sua bondade que nos trouxe a esse dia. Mencionamos em particular que “Ele ouviu nossas vozes quando éramos escravos no Egito e nos salvou da “nossa aflição, labuta, e opressão.”

Comentando esse versículo, o Sifri declara: “Nossa labuta” – esses são os filhos, como está escrito: “Todo filho que nascer deves atirar ao Rio Nilo, e toda filha deixe viver (Shemot 1:22).” Significa que as palavras “nossa labuta” alude ao nosso sofrimento no Egito particularmente com respeito aos nossos filhos.

Notavelmente, o Sifri demonstra que há uma grande dificuldade e labuta sobre os filhos judeus, mas não explica como as palavras “nossa labuta” aludem especificamente aos filhos.

A omissão de Sifri de tal prova indica que provar que “nossa labuta” se refere aos “nossos filhos” é supérfluo. Pois é uma verdade auto-evidente que criar filhos para crescerem no caminho correto é um trabalho difícil – não apenas “esforço”, mas também aquilo que a Torá considera “labuta”, trabalho extremamente difícil.

Portanto nem é preciso dizer que nossa “labuta” são nossos filhos.

O mesmo é verdadeiro com respeito a educar e orientar estudantes, a que a Torá se refere como “teus filhos” (veja Devarim 6:7, Rashi). Você não cumpre seus deveres básicos como educador enquanto não tenha se investido a um ponto de “labuta”.

Devemos investir todas nossas forças na educação de nossos jovens!

Likutei Sichot vol. 1, págs. 113-114