Os judeus são de fato briguentos? É verdade que eles não conseguem se entender?
A piada "onde há dois judeus, há três opiniões" reflete a realidade?
A grande verdade é que quem inventou esse estereótipo foi o nosso arqui-inimigo Hamán, o perverso, ao declarar: "Há um povo disperso e dividido..." (Ester 3:8).
Para refutar esse factoide e demonstrar a união do povo judeu, em Purim enviamos alimentos (Mishloach Manót) para os nossos amigos e/ou conhecidos.
A meu ver, essa é uma mitzvá incrível e brilhante.
Os nossos sábios compararam Purim com Yom HakiPurim (quase igual a Purim) devido ao poder espiritual da data. Na véspera de Yom HakiPurim todos nós procuramos fazer as pazes com os nossos próximos e pedimos desculpas a todos que possamos ter ofendido. Em Purim também buscamos a união, mas é muito mais fácil alcançá-la, já que não preciso nem pedir desculpas nem se explicar. Deixar em cada portaria um Mishloach Manót é o bastante para efetivar uma aproximação inimaginável.
Além de reatar relacionamentos, Purim acaba sendo também uma oportunidade de ouro para demonstrar gratidão. Pense em todos aqueles que te fizeram bem durante o ano e envie um Mishloach Manót para cada um deles. Retribua assim a um favor prestado por um amigo, um vizinho, um professor, um rabino, o professor dos teus filhos ou mesmo um estranho.
Mas sabe o que, quem sabe, além de todos estes, aproveite a oportunidade e envie Mishloch Manót até para alguém que jamais te fez nada de especial. Você o surpreenderá positivamente e, quem sabe, se surpreenderá com o resultado desse ato. Talvez venha a ser o início de uma amizade valiosa.
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