As Grandes Festas nos levam numa jornada aos locais mais profundos.
Aqui estão algumas perguntas para fazer ao longo do caminho.
1 – Quem sou eu, e quem é D'us?
O Rebe Kotzker certa vez colocou seu talit sobre seu ombro, e se preparou para começar as preces matinais. O minyan estava envolvido no serviço e ele ainda estava na mesma posição. Quando alguém perguntou por quê, ele explicou: “Esta manhã eu disse Modê Ani, “Agradeço a Ti, e desde então estou me perguntando quem sou eu, e quem és Tu?”
2 – Por que há um mundo? E o que eu deveria estar fazendo nele?
A maioria de nós esquece que não deve haver um mundo afinal! Na verdade, nada tem de ser da maneira que é. A realidade é dinâmica. O que significa, você não está parado. Agora que conhecemos o segredo, vamos aproveitar todas as coisas que podem ser.
3 – Ainda estou crescendo? Ou, estou passando pela vida imitando a pessoa que eu costumava ser?
A maioria de nós decide a certa altura que mais ou menos levamos a vida de maneira certa. Então passamos o resto das nossas vidas imitando as pessoas que costumávamos ser. Em outras palavras, paramos de crescer. No momento em que fazemos isso é o momento em que nos tornamos “velhos” – e isso pode acontecer a qualquer idade. Se, por outro lado, nunca pararmos de crescer, continuamos jovens até nosso último suspiro.
4 – A maioria das minhas preces é por mim mesmo e por dinheiro?
Você já ouviu alguém dizer “Aquela pessoa vale cinco milhões de dólares?” Eu sempre penso, como você pode avaliar o valor de uma pessoa monetariamente? Eles poderiam ter cinco milhões de dólares e valer dois centavos. O verdadeiro valor de uma pessoa está baseado em nossos valores, não em nossas rendas. Se nos tornamos pessoas sensíveis, amorosas, nosso verdadeiro valor aumenta muito, não importa quanto possuimos em nossa conta bancária.
5 – Quando foi a última vez que tive uma conversa sincera com D'us onde chorei?
Você sabe por que chorar a D'us é bom? Porque lá no fundo, num nível da alma, sabemos que estamos abrindo nossos corações a Ele que nos ama. D'us nos ama. Como ensina o Rebe Nachman de Breslav, “fale com Ele como se falasse com seu melhor amigo.”
6 – Eu ainda acredito que posso ser a pessoa que queria ser? E caso contrário, o que morreu dentro de mim?
Algumas metas têm datas de expiração, como tornar-se um atleta olímpico. Outras não, como tornar-se sagrado. A maior coisa sobre estar vivo é que podemos estabelecer novas metas em qualquer estágio de nossas vidas. E quanto mais sábios formos, mais investimos naquelas coisas que duram para sempre. Há algo mais duradouro que D'us, ou o pedaço de eternidade que Ele coloca dentro de nós que é a nossa alma? Nunca deixamos de ser jogadores. Portanto, não desista.
7 – D'us é uma ideia dentro da minha cabeça? Ou sou uma ideia dentro da cabeça de D'us? (e por falar nisso, D'us não tem uma cabeça.)
Qual é a diferença entre alguém que acredita num único D'us e alguém que acredita em muitos deuses? Alguém que acredita em muitos deuses diz que há um deus nas flores, um nas montanhas, um deus na floresta. Mas alguém que acredita num Único D'us diz que não somente há um D'us em tudo, no universo inteiro, mas ao mesmo tempo o universo inteiro está dentro de D'us. Portanto muitos de nós pensam que fazemos D'us existir acreditando Nele. Mas a realidade é, sem D'us não existimos.
8 – O que posso fazer para o mundo que ninguém mais possa (mesmo se for algo pequeno?)
Os Sábios ensinam que não existe algo sem um propósito, e ninguém sem seu tempo. Isso significa que todo mundo é importante, e que o mundo não está completo sem todo e cada um de nós. Portanto pergunte a si mesmo: “Por que o mundo não pode existir sem mim? E qualquer que seja a resposta – faça mais que isso.
9 – Eu deveria continuar a boicotar D'us até que Ele me dê aquilo que desejo?
Quando sentimos que nossas preces não estão sendo respondidas, muitos usam a seguinte estratégia: “Não vou ter nada mais a fazer Contigo, D'us, até que me dês aquilo que desejo.”
Esta abordagem poderia funcionar com um empregado difícil – mas com D'us? Nem tanto. Se estamos começando a fazer uma pausa, precisamos de uma nova abordagem. E talvez isso signifique não menos de D'us, porém mais de D'us em nossas vidas.
10 – Acredito que tenho uma alma que vive para sempre?
Essa é uma pergunta gigante porque se minha alma é eterna (e é) isso significa que depois que eu morrer… continuo vivendo. O que significa que a grande maioria da minha vida será passada fora do meu corpo. Se este é o caso, então as escolhas que faço neste mundo têm importância eterna. Tendemos a pensar que as mitsvot que fazemos são para D'us. Mas sob essa perspectiva vemos que o principal beneficiário de todo o bem sou… eu!
11 – D'us sabe melhor que eu, ou eu sei melhor que D'us?
Um dos pontos principais na minha jornada espiritual foi quando entendi que os Sábios me conhecem melhor do que eu me conheço. Foi um momento humilde. Tendemos a pensar em nós mesmos como uma constante exceção a toda regra. Mas passei a entender que isso é pensamento voluntário.
12 – Você adoraria um D'us que você entendesse completamente?
O Rebe de Kotzker famosamente disse: “Jamais adoraria um D'us que eu entendesse.”
Creio que ele quis dizer que se você sabe tudo que D'us sabe, então você também é D'us, portanto para que você precisa de D'us? Isso leva a um pensamento surpreendente: D'us deixa de ser D'us se Ele pode ser totalmente entendido. Ou, de outra forma, a própria premissa de D'us é que Ele não pode ser totalmente compreendido. Por algum motivo, isso me deixa feliz.
13 – Eu acredito que D'us acredita em mim?
Toda manhã a primeira coisa que dizemos é Modê ani, quando agradecemos a D'us por nos dar outro dia de vida. Isso conclui com as palavras rabá emunatechá, “Quão grande é a Tua fé.”
O Rebe Alexander explica que isso significa como é grande a fé de D'us em nós!
Essa ideia é tão importante que nossos Sábios literalmente asseguraram que seria a primeira coisa que pronunciaremos todos os dias!
Não apena temos sonhos por D'us – D'us tem sonhos por nós – e Ele tem grande fé de que os realizaremos.
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