Reverenciada por sua personalidade impetuosa e sólida fé forjada durante sua infância na antiga União Soviética, Rebetsin Shula Shifra Kazen nutriu, guiou e inspirou milhares durante décadas de liderança comunitária em Cleveland, Ohio. Ela faleceu no dia 24 de março em Nova York aos 96 anos.

Rebetsin Shula nasceu em 1922 em Gomel, na Bielorrússia, então parte da recém-criada União Soviética1, a mais velha de sete filhos. Seus pais, rabino Yitzchak Elchanan e Maryasha (Garelik) Shagalov, educaram seus filhos em circunstâncias muito difíceis. A Rússia havia sido devastada pela terrível guerra civil que deu origem à revolução bolchevique e milhares de pessoas morreram de fome.

Quando a família sonhava em ter pão na mesa, sua mãe Maryasha falava para sua filha Shula que recitasse Tehilim, Salmos com concentração, e chegaria o dia em que teriam comida mais do que suficiente. Shula apreciava recitar os Salmos, algo que a sustentaria e a encorajaria pelo resto de sua longa vida.

Por lei, todas as crianças eram obrigadas a frequentar a escola pública, onde os ideais comunistas eram ensinados. Determinados a criar sua família de acordo com a lei e a tradição judaica, os Shagalovs recusaram-se a enviar seus filhos para escolas públicas. Tomando conhecimento disto, o governo revogou suas rações de comida e combustível além de expulsar a grande família de sua casa para as ruas geladas.

Os Shagalovs mudaram-se para a sinagoga local, onde Elchanan continuou batalhando pela vida judaica, o que incluía servir como mohel (que pratica a circuncisão). Ele era frequentemente acompanhado por Shula que o auxiliava em sua tarefa sagrada (e ilegal).

Em 1937, ele foi preso pela última vez por atividades ilegais em apoio ao judaísmo. Anos mais tarde, soube-se que ele foi executado três meses após sua prisão, mas sua viúva e órfãos sem informações, ficaram preocupados sobre o seu destino por décadas.

Rabino Zalman Kazen lidera uma alegre celebração de Purim.
Rabino Zalman Kazen lidera uma alegre celebração de Purim.

Enfrentando a pressão implacável do governo comunista, Maryasha não teve escolha a não ser manter seus filhos escondidos. Como filha mais velha, Shula de 14 anos empreendeu uma viagem de 12 horas para a casa do rabino Bentzion (Bentche) e Esther Golda Shemtov, pilares da rede clandestina Chabad-Lubavitch da vida judaica.

Os Shemtovs a enviaram à Moscou, onde Shula começou a trabalhar em uma fábrica de tricô que Bentzion Shemtov havia conseguido e um dos poucos lugares onde as pessoas podiam encontrar um emprego legal que não exigia que trabalhassem no Shabat.

Sua tarefa era carregar sacos de material nas costas, do fornecedor até a fábrica. Depois que o material era transformado em lenços e chapéus, Shula levava ao comprador, que pagava a ela. Shula ajudou a sustentar sua mãe e irmãos mais novos com seus ganhos.

Com suas irmãs Rosa Morosov [esquerda) e Rochel Levin [direita)
Com suas irmãs Rosa Morosov [esquerda) e Rochel Levin [direita)

Logo após completer 18 anos, Shula foi apresentada ao seu futuro marido, Zalman Katzenelenbogen (mais tarde abreviado para Kazen). Como ela, ele também perdera seu pai para os comunistas na terrível purga no outono de 1937.

Shula não tinha uma única roupa decente para conhecer seu futuro marido. Uma amiga emprestou-lhe meias, outra um xale, uma terceira um casaco e, de alguma forma, conseguiu botas. A única roupa que ela possuía era um vestido e um casaco que "cresciam" com ela. Ela recebeu o casaco aos dez anos, adaptou-o inúmeras vezes e usou-o para o casamento. Para seu casamento, uma amiga lhe costurou um vestido branco feito de tecido barato.

O casamento foi realizado em 12 de Elul de 1940, em uma floresta na periferia de Malachovka, nos arredores de Moscou. Qualquer cerimônia religiosa era punível com prisão ou morte, incluindo um casamento judaico tradicional, por isso deveria ocorrer em completo sigilo. Após o casamento, Shula e Zalman Kazen se estabeleceram em Leningrado.

Os Kazens criaram uma família chassídica em Cleveland, Ohio.
Os Kazens criaram uma família chassídica em Cleveland, Ohio.

Fugindo para o oeste

Enquanto os nazistas avançavam em direção a Leningrado, no outono de 1941, Shula convenceu o marido e muitas outras famílias a fugir. Aqueles que saíram tiveram uma chance de sobrevivência, mas muitos que permaneceram morreram de fome durante o cerco nazista da cidade.

Os Kazens viajaram em um trem de carga aberto por um mês até chegarem a Tashkent, no Uzbequistão, a mais de 4.000 quilômetros a sudoeste de Leningrado. Shula estava grávida de sua filha mais velha e ficou grata por ela e o bebê terem sobrevivido. Pouco depois de chegar a Tashkent, eles tiveram que escapar dos olhos atentos da KGB e fugiram para o sul, para Samarkand.

Assim que a guerra terminou em 1945, Shula insistiu que a família deveria fugir da Rússia. Naquela época tinham três filhas, Esther, Dvonya (Devorah) e Henya. A família viajou de Samarkand para Moscou, e de lá para Lviv, onde cruzaram a fronteira para a Polônia usando passaportes poloneses obtidos no mercado negro. A sogra de Shula, Mumme Sarah Katzenelenbogen, foi uma das mais importantes baluartes das operações secretas.

Mumme Sarah teve a Rebetsin Chana Schneerson, a mãe do futuro sétimo Rebe - Rabi Menachem M. Schneerson, de abençoada memória - se juntou à família como sua "avó". Mumme Sarah foi presa pelos comunistas por suas atividades e morreu na prisão.

O rápido crescimento dos Kazens em um casamento da família.
O rápido crescimento dos Kazens em um casamento da família.

Enquanto estavam no trem rumo liberdade, Shula deixou seus filhos dormindo com o marido e caminhou até o próximo vagão. Ao voltar, viu o marido congelado de medo e o cobrador gritando, “São passaportes forjados!” O condutor notara que o cabelo da filha Esther era ruivo e no passaporte constava como morena. Aproximando-se de sua filha adormecida e apontando um dedo para ela, Shula lhe disse: “Eu disse a ela para não brincar com tintura! Agora veja o que aconteceu com o cabelo dela!” O cobrador aceitou a resposta.

A família chegou a um campo de refugiados em Poking, na Alemanha, onde Zalman Kazen estudou shechitá, leis de abate casher, seguindo o conselho do sexto Rebe de Lubavitch.

Juntamente com muitos outros chassidim, os Kazen se estabeleceram em um castelo nos arredores de Paris, que havia sido transformado em uma residência comunitária. Todo Shabat, as mulheres sentavam-se no quintal enquanto as meninas cantavam e se entretinham. Havia uma mulher doente com alguns filhos que nunca se juntava a elas. Shula conversava com ela, ajudava-a a vestir os filhos e a descer os degraus das escadas, dizendo-lhe que as crianças precisavam de ar fresco.

Outra mulher deu a luz a gêmeos. Disseram a Shula que as gêmeas estavam deitadas nuas no chão porque a família não tinha dinheiro para comprar roupas. Naquela época Shula tinha cinco filhas e estava bastante fraca. Ela foi até uma feira, comprou tecido, e costurou roupas de baixo, suéteres e chapéus para as crianças.

Cinco gerações acendem as velas do Shabat
Cinco gerações acendem as velas do Shabat

Uma Nova Vida em Cleveland



Em 1953, após sete anos em Paris, com a ajuda da HIAS (Sociedade de Ajuda ao Imigrante Hebreu), a família chegou a Nova York. HIAS tinha arranjado moradia para eles em Cleveland, Ohio.

Antes de eles partirem, o Rebe perguntou a Reb Zalman o que ele planejava fazer quando chegasse em Cleveland. Ele respondeu que planejava continuar o negócio que ele tinha começado, mas o Rebe sugeriu que ele trabalhasse como shochet, chazan (cantor), ou um rabino congregacional. Ele terminaria fazendo todos os três, e ao lado de sua esposa exerceram uma profunda influência na comunidade judaica dali.

Pouco depois da mudança, o Rebe instruiu-os a trabalhar com famílias judias locais e fortalecer sua conexão com o Judaísmo. Os Kazen batiam às portas e convidavam vizinhos para participarem de grupos de estudo no Shabat.

Mais tarde Rabi Kazen foi nomeado rabino da sinagoga do Tsemach Tsedek. As meninas Kazen costumavam receber muitas meninas em sua casa no Shabat. Elas pegavam as meninas, levavam-nas para casa, serviam refrescos e lhes contavam inspiradoras histórias judaicas.

Como seu marido trabalhava em tempo integral como shochet, a Rebetsin Kazen fazia a maior parte do trabalho externo. Ela foi nomeada presidente de Neshei Chabad, que era na maioria para mulheres mais velhas nascidas na Europa. A pedido do Rebe, ela abriu outra organização para mulheres mais jovens.

Com o encorajamento do Rebe, os Kazen cuidaram para que leite casher chalav Yisrael se tornasse comercialmente disponível em Cleveland. Na época, eles gastavam mais da metade de sua pouca renda a fim de cumprir a meta, mas eram determinados, e seus esforços deram resultados. Seguindo o conselho do Rebe, eles conseguiram que a escola diária, Academia Hebraica, servisse chalav Yisrael, o que inspirou famílias a adquirir o leite também para suas casas.

Os Kazens lideraram incansavelmente sua comunidade de judeus russos, mesmo em idade avançada
Os Kazens lideraram incansavelmente sua comunidade de judeus russos, mesmo em idade avançada

Junto com suas filhas, a Sra Kazen dirigia reuniões Mesibot no shabat para as meninas locais – das quais muitas foram inspiradas a se transferir para a Academia Hebraica e que hoje são avós de famílias judias observantes.

A sinagoga dos Kazen era o centro das suas atividades, com frequência repleta de roupas e alimentos que a Sra Kazen coletava para famílias necessitadas em Ohio, bem como para suas causas “menores” em Israel. Orientada pelo Rebe, após um terrorista matar cinco estudantes em 1956 na escola vocacional em Kfar Chabad, Israel, ela coletou fundos, equipamento e outros artigos para abastecer sua nova instalação.

Não importava se ela era responsável por seus filhos e grupos da comunidade tendo ela própria um centavo sequer. Havia pessoas que precisavam de ajuda, e ela faria tudo que estivesse ao seu alcance para ajudá-las.

“Junto com seu marido, Rebetsin Kazen contribuía com toda faceta da vida judaica em Cleveland,” disse Rabi Simcha Dessler, nascido em Cleveland e que hoje atua como diretor educacional da Academia Hebraica. “Ela tinha um amor intenso pelo Judaísmo, um amor pelo povo judeu, e uma personalidade contagiante. Ninguém conseguia dizer não a ela.”

Rebetsin Kazen abençoa a noiva em um casamento
Rebetsin Kazen abençoa a noiva em um casamento

A “Rainha de Cleveland”



Quando Rabi Kazen visitava o Rebe para receber um dólar e uma bênção, o Rebe perguntava se sua esposa estava também esperando na fila. Se não estivesse, ele dava a ele um dólar para levar a ela, também. Em uma ocasião, o Rebe referiu-se a ela como di malka fun Cleveland, “a Rainha de Cleveland”.

Na verdade, a Sra. Kazen tinha uma aura real sobre ela. No entanto, como rainha, ela nunca receava ter que colocar suas mãos à obra. Ela passava dias e noites cozinhando para pessoas necessitadas e sempre mantinha uma panela no forno, pronta para servir todo aquele que passasse.

Quando a Cortina de Ferro começou a se partir, os imigrantes russos começaram a ir para Cleveland. A Sra Kazen encontrava novos imigrantes no aeroporto, arrumava emprego para eles e alojamento, e os supria com móveis e roupas. Às vezes, ela levava famílias para sua própria casa – às vezes por semanas ou meses – até que elas encontrassem um lugar próprio.

Ela encorajava os novos imigrantes a registrarem seus filhos na Academia Hebraica. Semana após semana, ela ia à escola com os alunos, que não falavam inglês, não tinham recebido instrução judaica básica, e não podiam pagar nada pela educação.

Segundo Rabi Dessler, as “muitas famílias que a Sra Kazen levou à Academia Hebraica resultaram em gerações que adotaram um estilo de vida observante e foram absorvidas na comunidade judaica de Cleveland.

O Rabino Kazen e sua esposa Shula
O Rabino Kazen e sua esposa Shula

A certa altura, a demanda cresceu tanto que a escola abriu uma Nova Divisão Americana especial, com matrícula para mais 120 alunos.

Ela também era ativa para encorajar homens e meninos russos a fazerem o brit milá (circuncisão), a própria mitsvá pela qual seu pai tinha dado a vida. No total, ela arranjou 500 circuncisões. Nos dias e semanas após o procedimento, ela vestia uma bata branca de enfermeira, cuidando de cada “paciente” como seu próprio filho.

Em 1971, a Sra Kazen foi indagada se Cleveland abrigaria a Convenção de Neshei Chabad de inverno. Sabendo que a maior parte do trabalho cairia sobre seus ombros, ela disse ao Rebe que estava ocupada demais e não poderia dar conta disso. O Rebe a encorajou, dizendo que os filhos dela a ajudariam. Ela cozinhou e assou durante dias para preparar a enorme reunião, e a convenção foi um grande sucesso.

Na sessão de motsaei Shabat, casais foram convidados. O orador convidado era o Dr. Velvi Greene, que também falava para alunos na Case Western University ali perto. A reunião fez nascer a primeira Casa Chabad em Cleveland, que em seguida foi dirigida pela sua filha, Devorah, e seu marido, Rabi Leibel Alevsky. A Sra Kazen encorajou muitos homens e mulheres jovens a estudar nas yeshivor Chabad na Costa Leste.

Na mais recente Conferência Mundial de Emissárias de Chabad acompanhada por algumas de suas filhas, netas e bisnetas que servem comunidades em todo o mundo
Na mais recente Conferência Mundial de Emissárias de Chabad acompanhada por algumas de suas filhas, netas e bisnetas que servem comunidades em todo o mundo

A certa altura um jovem disse a ela que estava planejando sair da yeshivá de Morristown, Nova Jersey. Imediatamente, ela dirigiu de Cleveland até Morristown, uma distância de 600 quilômetros. Quando chegou, ela encontrou o aluno pronto para partir. Ela o convenceu a escrever ao Rebe. O Rebe disse a ele para estudar por um ano e então perguntar novamente. Hoje ele é o pai de uma grande família religiosa.

Em outra ocasião, ela recebeu um grupo de alunos da yeshivá que tinha vindo de Nova York para o casamento de um amigo. Ao ver as roupas deles manchadas, ela os fez vestir roupas do seu marido enquanto lavava e passava suas roupas. Somente então ela permitiu que eles fossem à recepção do casamento.

O conselho sábio incisivo da Sra Kazen ajudava muitos a melhorar um desentendimento entre cônjuges. Um conselho, que uma mulher acreditava ter salvo seu casamento: “Quando ele fala gentilmente, ele está falando com você. Quando está gritando, está gritando com a parede atrás de você.”

Rebetsin Kazen com alguns de seus netos
Rebetsin Kazen com alguns de seus netos

Continuando a Atuar Até os 90 anos

Mesmo quando eles envelheceram, os Kazen continuavam a servir sua comunidade com a energia de um casal jovem.

Mussi Alpern, uma bisneta, lembra de visitar os Kazen quando o casal já tinha mais de 80 anos.“Chegamos às 6 da manhã numa sexta-feira e fomos direto à sinagoga. Lá fora encontramos Zeidy, então com 88 anos, removendo a neve ao redor da sinagoga, enquanto Bubby já estava cozinhando. Após alguns minutos, Zeidy estava no carro, dirigindo para pegar pessoas que não podiam ir sozinhas à sinagoga. Isso era diário. Toda sexta-feira, eles não paravam por um segundo até que toda a comida estivesse pronta, a mesa arrumada e o local totalmente limpo.

“Faltava menos de uma hora para o Shabat e eu pensei que finalmente estávamos prontos. Então Bubby disse com toda sua energia: ‘Ainda temos tempo para fazer bolo de banana!’ Para o jantar da noite de sexta-feira, havia ‘apenas’ 20 convidados. (Na refeição do Shabat, havia 150!) Sentar à mesa do Shabat era um prazer com o canto do Zeidy e seu divrei Torá, e a comida deliciosa de Bubby.

Em um, entre diversos Kinus HasShluchot, onde era sempre acompanhada por algumas de suas filhas e netas
Em um, entre diversos Kinus HasShluchot, onde era sempre acompanhada por algumas de suas filhas e netas

“Quando finalmente fomos dormir passava da 1 hora da manhã. Eu não pude acreditar quando vi Bubby e Zeidy deitarem para dormir nos duros bancos de madeira na sinagoga. Eles dormiam ali todo Shabat, pois era muito longe para caminharem até sua casa.

“Quando acordamos pela manhã, Bubby e Zeidy já tinham levantado. Perguntamos a Bubby: ‘Então, quando vai descansar?’ Ela respondeu: ‘’Fui educada para descansar após os 120.’

Após se lavar, todos se sentaram para uma refeição de Shabat com nigunim e divrei Torá de Zeidy.

“Em Motsaei Shabat eles preparavam uma grande refeição - melave malka - para a comunidade, que terminou após a meia-noite. Mas eles ainda não estavam prontos para dormir. Tinham de se preparar para o domingo. Fomos até a padaria para pegar o pão restante e bolos, e preparamos caixas de comida para mais de 100 famílias necessitadas que iam à sinagoga toda manhã de domingo para pegar os pacotes de comida. Enquanto preparávamos as caixas, começou uma nevasca, então eles passaram outra noite em bancos duros.

A "Rainha de Cleveland" recebe um dólar do Rebe.
A "Rainha de Cleveland" recebe um dólar do Rebe.

“Na manhã quando acordamos, Zeidy estava novamente limpando as calçadas ao redor da sinagoga,. Logo após Shacharit, as pessoas começaram a pegar seus pacotes. Enquanto Bubby falava e cantava com as senhoras, Zeidy se aproximava dos homens com simplicidade e amor, para colocar tefilin. Mas então estava na hora de irmos para o aeroporto.”

Essa foi a rotina que durante décadas o casal cumprir até Rabi Kazen falecer no verão de 2011 aos 92 anos.

A Sra Kazen perdeu seu filho Rabi Yosef Yitzchak Kazen, pioneiro do Judaísmo na Internet e fundador de Chabad.org, e Esther Alpern, shluchá no Brasil.

Ela deixa seus filhos, Devorah Alevsky, de Cleveland; Henya Laine, Brooklyn; Blumah Wineberg, Kansas City; Rivka Kotlarsky, Brooklyn; Rochel Goldman, Johannesburg, África do Sul; e centenas de netos, bisnetos e tataranetos ao redor do mundo.

Ela deixa duas irmãs, Rosa Marosov e Rochel Levin, ambas do Brooklyn.

Shula Kazen sentada entre sua mãe e marido, com seus sete filhos.
Shula Kazen sentada entre sua mãe e marido, com seus sete filhos.