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Pesquisadores da Universidade de Tel Aviv descobriram uma proteína que pode ajudar muito no tratamento do câncer. Segundo o site hebraico Walla, a proteína Ubiquilin 4 foi encontrada em níveis muito altos em tumores avançados, o que poderia ajudar a determinar o decorrer do tratamento para pacientes com câncer em estágio avançado. Dr. Ron Yachimovich e Dr. Yael Ziv, em colaboração com um estudante de doutorado e Prof. Christian Reinhardt da Universidade de Colônia, conduziram sua pesquisa no laboratório do Prof. Yossi Shilo no Departamento de Genética Humana Molecular e Bioquímica na Faculdade de Medicina da Universidade Sackler em Tel Aviv.

Eles descobriram que Ubiquilin 4 desempenha um papel no rompimento das células de proteínas e faz parte de um sistema que repara fragmentos do DNA. A descoberta de que isso está presente em altos níveis em tumores avançados poderia ajudar no diagnóstico e aumentar as chances de cura.

Células de câncer de melanoma metastático: Foto: National Institutes of Health via Wikimedia Commons.
Células de câncer de melanoma metastático: Foto: National Institutes of Health via Wikimedia Commons.

“Nos últimos anos, preservar a estabilidade do genoma tem se tornado uma questão central na pesquisa biomédica como um componente essencial para manter nossa saúde,” disse Shilo.

Destacando o fato de que as células humanas são “continuamente atacadas e danificadas por uma variedade de fatores,” Shilo declarou que a questão é “por que e como a maioria de nós permanece saudável na maior parte do tempo, graças aos sofisticados sistemas de defesa do organismo operados na célula saudável, que estão constantemente engajados em reparar danos ao DNA; em outras palavras, mantendo a estabilidade do genoma.”

O laboratório de Shilo descobriu uma proteína altamente envolvida em reparar fragmentos do DNA, chamada ATM, em 1995.

“Desde então temos investigado o princípio da operação ATM e a maneira pela qual ela mobiliza a ação,” disse ele, assim levando a nova descoberta.

Os pesquisadores compararam o nível de Ubiquilin 4 em amostras de tumores malignos com tecido saudável dos mesmos pacientes, e descobriram que era muito mais alto nas células cancerosas, particularmente em estágios avançados. Essas células são mais prováveis de sofrer metástase e mais resistentes à quimioterapia e outros tratamentos.

“As descobertas mostraram que embora Ubiquilin 4 participe em manter a estabilidade do genoma, uma quantidade maior dele na verdade desestabiliza o mecanismo de reação para dano ao DNA, que é construído sobre freios e equilíbrios finos e precisos,” declarou Shilo.


Embora tumores com altos níveis de proteína possam ser resistentes a alguns tratamentos, a pesquisa tem “mostrado que tais tumores são propensos a reagir melhor a outros tratamentos de quimioterapia, o que na verdade se torna mais eficaz em células de alta-proteína,” acrescentou ele. Como resultado, identificar Ubiquilin 4 e outras proteínas pode ajudar a dirigir o processo de tratamento de câncer de forma mais eficaz.