28 de janeiro 2019
A oferta de ajuda de Israel ao Brasil foi imediatamente aceita e bem-vinda pelo Presidente Jair Bolsonaro.
A equipe israelense formada por 136 membros inclui equipes de busca e resgate dos soldados das FDI e um contingente da ZAKA - a ONG israelense que responde a ataques terroristas, acidentes de carro e outros desastres. O grupo chegou domingo a noite em Minas Gerais trazendo 16 toneladas de equipamentos e hoje trabalham ao lado das equipes de bombeiros e voluntários brasileiros somando esforços no resgate de vítimas dessa tremenda tragédia ambiental e humana.
O colapso da represa de dejetos de minério jogou 12 milhões de metros cúbicos em Brumadinho arrastando e devastando a região levando pessoas, soterrando casas, inclusive o refeitório onde 35 funcionários estavam no horário de almoço, e escritórios da empresa da Vale, que mantém essa entre outras represas no Estado de Minas Gerais. A barragem não era usada há três anos e era verificada regularmente, de acordo com a empresa que suspendeu pagamento de dividendos e de bônus a executivos, e criou comitês para ajudar vítimas, reparar danos e descobrir responsáveis.
O barro tomou conta da localidade atingindo 15 metros de profundidade em alguns pontos. Os bombeiros trabalham em condições extremamente difíceis, tendo de realizar escavações em cerca de 15 metros de argila movediça em busca de sobreviventes ou corpos de vítimas. Os trabalhos seguem agora acelerados, uma verdadeira luta contra o tempo, pois ainda há esperança de encontrar sobreviventes. Até o momento, há confirmação de 60 mortos, 292 desaparecidos, 192 resgatados, 382 localizados e 135 desabrigados.
Algumas vias de acesso permanecem bloqueadas e o apoio aéreo tem sido essencial para monitorar a região duramente atingida e desolada pela fúria do rio de lama que começa a secar e solidificar. Centenas de pessoas continuam aguardando notícias de familiares e amigos.
A justiça ordenou o bloqueio cautelar de 11 bilhões de reais da Vale para ressarcir as vítimas e cobrir os danos ambientais da tragédia, além de uma multa de 449 milhões de reais. A tragédia provocou críticas de organizações ambientais, líderes políticos e especialistas em gestão de risco alegando que tudo isso poderia ter sido evitado e que o desastre de Mariana, ocorrido há 3 anos poderia ter motivado a mudança para regras de concessão, controle e punição bem mais rígidas. Mas a maior preocupação no momento é com as vítimas e seus familiares desesperados por notícias de sobreviventes.
A expectativa das autoridades brasileiras é que, com o apoio israelense, a chance de encontrar vítimas seja ampliada. O coronel Golan Vach, que coordena a tropa israelense, chegou à cidade acompanhado do embaixador de Israel, Yossi Cheli, e do governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo). Ele disse que o primeiro esforço dos militares é encontrar pessoas vivas.
Experiência e Uso de Equipamentos Especiais
Israel, que está entre os primeiros países a prestar assistência a áreas atingidas por desastres é conhecido por sua rápida ajuda humanitária em catástrofes. Unidade Nacional de Resgate das Forças de Defesa de Israel(FDI) foi criada em 1984 para lidar com ameaças no próprio país, como ataques terroristas. Em 1985, a unidade passou a estender a ajuda para outros países.
Prestou assistência a mais de 25 desastres sendo esta a primeira vez da unidade israelense no Brasil. O primeiro país a receber a ajuda da equipe foi o México, quando foi atingido por um terremoto, em 1985. O exército de Israel já atuou na Argentina, Chile, Filipinas, Haiti, Japão, Nepal e Turquia.
Com o equipamento trazido, as equipes poderão saber quais os aparelhos celulares que se mantiveram ativos após a tragédia e quais estão inativos desde então. Também é possível saber qual torre de comunicação recebeu o último sinal emitido por um celular, o que diminui a área de buscas e facilita a localização de desaparecidos. Outra tecnologia israelense utilizada é um radar que identifica elementos de composição diferente da lama.
O Beit Chabad no Brasil se Mobiliza
Rabino Nissim e sua esposa Rivka Katri, diretores do Beit Chabad de Belo Horizonte desde 1986 prestam ajuda humanitária. Determinados a ajudar a equipe de trabalho e contando com todo o apoio da comunidade judaica, eles prepararam provisões kosher para as equipes israelenses e estarão à disposição para ajudar no que for necessário.
Que possamos escutar e rezar por melhores notícias no resgate de pessoas ainda vivas e prestar todo tipo de ajuda necessária.
Chabad de Belo Horizonte
Rua Timbiras, 535
Fone: 55-31-32737772
www.chabadbhz.com.br
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