1. Simchat Torá Vem na Sequência de Sucot

Shemini Atseret (“O Oitavo [Dia] de Assembleia ”] vem depois dos 7 dias de Sucot. Nela, celebramos Simchat Torá (“A Alegria da Torá”), pois é o dia em que terminamos o ciclo anual de leitura da Torá e começamos de novo.
2. Na Diáspora Dura Dois Dias

A Torá descreve Simchat Torá como uma festa de um dia, começando ao pôr do sol e terminando na noite seguinte. Como a maioria das outras festas celebradas fora de Israel foram expandidas para celebração em dois dias, 22-23 Tishrei.
O primeiro dia é Shemini Atseret (já que, contando a partir do primeiro dia de Sucot, é o oitavo dia), e o segundo dia, quando a leitura da Torá é completada, recomeçando um novo ciclo é Simchat Torá
3. Sentamos na Sucá Sem Recitar a Berachá

Assim, como Shemini Atseret estendeu-se, é costume entre a maioria das comunidades da diáspora sentar-se na sucá em Shemini Atseret (mas não em Simchat Torá). No entanto, uma vez que não é mais Sucot, a bênção “Le shev ba sucá” não é mais recitada, e também não fazemos mais a bênção sobre as Quatro Espécies.
4. Shemini Atseret é uma Festa Por Si Só

Shemini Atseret é uma festa por si só ou é simplesmente uma extensão de Sucot? Os rabinos do Talmud lidaram com essa questão e concluíram que ela é considerada uma festa independente analisando seis diferentes aspectos:
- Na época do Templo havia um sorteio separado para determinar quais sacerdotes seriam honrados com a realização dos vários serviços do dia, sem conexão com o sorteio realizado para as honras de Sucot.
- Recitamos a bênção Shehecheyanu (ao acender as velas e ao recitar o Kidush), agradecendo a D'us por nos trazer para esta data em celebração a esta nova festa.
- É o seu próprio festival, como evidenciado pelo fato de não nos sentarmos na sucá.
- A oferta musaf (“adicional”) trazida no Templo Sagrado foi diferente daquela que foi trazida para Sucot.
- Os levitas cantaram uma música diferente no Templo, Salmo 12, que começa com: “Para o maestro de coro no oitavo”.
- A liturgia mencionada no Kidush é diferente, descrevendo-a claramente como uma festa por si só, com nome distinto.
5. Acendemos Velas Cada Noite

Como em todas as festas, recebemos a data especial procedendo ao acendimento das velas antes do jantar festivo (quando Shemini Atseret coincide com o Shabat, acendemos as velas obviamente antes do Shabat). Na segunda noite, certifique-se de acender as velas transferindo o fogo de uma chama pré-existente, pois é proibido criar um fogo novo como acender fósforo ou usar um isqueiro.
6. Recitamos a Prece de Yizkor no Primeiro Dia

Seguimos o tradicional costume Ashkenazi de pronunciar o Yizkor, o memorial para pais queridos falecidos, na sinagoga na primeira manhã de Shemini Atseret. Em Israel, o solene Yizkor é recitado em meio as celebrações de Simchat Torá, gerando um turbilhão de emoções.
7. Começamos Mencionando as Chuvas

Marcando o início da estação das chuvas (no Oriente Médio), começamos a mencionar a chuva em nossas orações diárias a partir da oração Musaf (“Prece Adicional”) na manhã de Shemini Atseret. Isto é dramaticamente marcado com adições especiais à repetição do chazan/cantor de Musaf (chamado Gueshem, "Chuva"), cantada em uma melodia tradicional, evocativa das melodias das Grandes Festas.
Curiosamente, não começamos a rezar por chuva somente várias semanas depois (no dia 7 de Cheshvan em Israel, ou no início de dezembro, na diáspora).
8. Circundamos a Sinagoga de Noite e de Dia

Em Simchat Torá a noite e pela manhã (assim como na véspera de Shemini Atseret em algumas comunidades), há uma cerimônia especial chamada hakafot (“circulando”). Todos os rolos da Torá são removidos do Aron Hacodesh [Arca sagrada] e alegremente criculamos com elas dançando sete voltas em torno da bimá, a plataforma de leitura da Torá que fica no centro da sinagoga.
9. Todos Dançam

Os serviços da Simchat Torá são pontuados por alegres danças e melodias. As crianças dançam com Torá de brinquedo e b alançando bandeiras especialmente confeccionadas para esta ocasião. Antigamente, a ponta da haste das bandeiras muitas vezes carregavam maçãs ou velas acesas. A Torá está fechada vestida com sua capa e sua coroa indicando, que todos se conectam a ela igualmente, desde o judeu mais simples ao mais erudito. Enquanto dançamos com o rolo da Torá, nos tornamos “os pés da Torá”, unidos em puro júbilo e amor.
10. Celebramos o Final da Leitura da Torá e Seu Recomeço

Na manhã de Simchat Torá, lemos de três rolos da Torá1 (se a sinagoga tiver três rolos). O primeiro rolo é usado para ler a porção final da Torá, Vezot Haberacha; o segundo é usado para a leitura da primeira porção de Bereshit, Gênesis; e os versos que descrevem os sacrifícios do dia são lidos no terceiro rolo da Torá. A pessoa chamada para a aliá final da Torá é conhecida como Chatan Torá ("Noivo da Torá") e a pessoa chamada para os versos de abertura da Torá é chamada de Chatan Bereshit ("Noivo do Gênesis").
11. A Bênçãos dos Cohanim é Feita Mais Cedo

O costume na Diáspora é que os cohanim abençoem a congregação com Bircat Cohanim (a Benção Aharônica) nas festas. Mas há também uma lei declarando que o cohen não pode cumprir seu dever sagrado se tiver ingerido álcool. Como a dança de Simchat Torá muitas vezes é acompanhada de bebidas alcóolicas (ingeridas de forma responsável), o costume é que os sacerdotes administrem essa bênção durante Shacharit (a Prece Matinal), que precede as danças, em vez de no habitual Musaf.
12. Comemos Repolho Recheado

Há um costume de comer rolos de repolho recheados com carne moída em Simchat Torá, chamados choloptches em Yiddish. A razão mais comum para este prato típico é que em Simchat Torá são colocados dois rolos lado a lado e os rolos de repolho se assemelham aos rolos de Torá fechados com os quais dançamos em Simchat Torá.
13. No Cairo, Todos se Uniam

O rabino Benjamin de Tudela (século 12) deixou registrado que na cidade do Cairo, Egito, havia alguns judeus que seguiam a prática incomum de ler uma Parashá muito menor a cada semana, terminando a Torá a cada três anos. Então o que eles faziam em Simchat Torá se eles ainda não haviam terminado a leitura da Torá? Muito simples. Eles tinham um costume de longa data de se unirem a seus companheiros judeus que estavam completando a Torá naquele dia, para recitarem as preces juntos.
14. É a Festa de Despedida de D’us

Simchat Torá é o grande final de uma temporada que começou com a introspecção e o arrependimento solene de Rosh Hashaná a Yom Kipur e, em seguida, fez a transição para a alegria de Sucot e Simchat Torá. Os sábios comparam este dia final com a seguinte analogia: Um rei deu uma grande festa por sete dias. Todos os cidadãos do reino foram convidados. Ele então falou para os seus mais queridos: Cumprimos nosso dever com todos os cidadãos. Agora deixe eu e vocês continuarmos com o que resta.
Esta é a nossa festa final com D’us antes de começarmos o ano renovados, inspirados pelas festas de Tishrei.
15. Simchat Torá Com o Rebe a Noite Inteira

No Brooklyn, Nova York, a comemoração de Simchat Torá com o Rebe começava tarde da noite e se prolongava até as primeiras horas da manhã. Milhares de pessoas do mundo inteiro eram acompanhadas por diplomatas israelenses que tiveram o privilégio de falar com o Rebe por alguns instantes durante as celebrações. Entre 1954 e 1963, o Rebe ensinava um novo nigun (melodia chassídicay) todos os anos após a noite de danças e canções.
Assista:
- Benjamin Netanyahu, Primeiro Ministro de Israel, na época seu embaixador na ONU [inglês];
- Nigunim
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