Um único princípio e interpretações totalmente contrárias.

O culto ao corpo e à beleza, que hoje movimenta bilhões de dólares, nos remete aos gregos antigos, os pais da “arte do nudismo”. O termo "ginásio" vem do grego “gumnos”, isto é, “desnudo”, porque os jovens que ali competiam e se exercitavam não trajavam roupas.

A rejeição ao nudismo, por outro lado, remete aos primórdios da história, quando Adão e Eva, após comerem do fruto proibido, correram para cobrir os seus corpos.

A modéstia, um princípio básico judaico, não implica em rejeitar o corpo. Muito pelo contrário, o corpo é sagrado e deve ser preservado, assim como envolvemos o Sefer Torá em um manto e o “escondemos” dentro da arca sagrada. Sim, o corpo é belo, diz o judaísmo, foi elaborado pelo Criador e serve como residência da alma. A forma de mantermos nosso respeito pelo corpo é mantendo-o coberto. Não por motivo de vergonha, mas por ser belo e precioso.

A luta em nome da “liberdade” acaba reduzindo um ser humano tão incrível e capaz à sua mera aparência física. Somos rotulados por nossa embalagem e nela baseamos a nossa autoestima.

Roupas cobrem o corpo e revelam a alma. São nosso filtro e espelho, nossa barreira para um mundo tão superficial.

Chanucá nos lembra da vitória da luz, dos valores e princípios que mantêm a dignidade do ser humano. Você é muito mais que o seu corpo, busque sua luz interior e ilumine o nosso mundo.