Por Ziva Dahl
Em Algemeiner.com

Quem é o grupo chamado Uma Voz Judaica Pela Paz e por que esconde seus fundadores do público?

Não se deixe enganar pelo nome. JVP é uma organização de extremistas se fingindo de advogados judeus procurando uma paz justa para todas as pessoas no Oriente Médio. Usando a linguagem dos Direitos Humanos e alegando estar agindo em concordância com os valores judaicos, JVP demoniza, difama e deslegitimiza Israel, rotulando-o de “ocupador”, “apartheid” e”racista”, enquanto apóia o boicote global, a destituição e a campanha de sanções que iriam resultar na destruição do único país judaico no mundo.

Com 9.000 membros pagantes e 60 seções, a missão declarada de JVP é diluir o apoio a Israel para terminar a “ocupação” israelense da “Faixa Ocidental”,Gaza e Leste de Jerusalém, para resolver o problema dos refugiados palestinos e levar paz ao Oriente Médio. JVP tenta convencer os judeus de que a oposição a Israel é consistente com valores judaicos, professando: “Trabalhamos para construir comunidades judaicas que reflitam a compreensão de que ser judeu e Judaísmo não são sinônimos de Sionismo ou apoio para Israel.”

Mas a declaração de missão do JVP é uma cortina de fumaça, o velho “mostre e esconda” – para atrair voluntários fingindo devoção aos valores judaicos, aos deveres humanos e justiça social e então propagá-los como guerreiros na guerra global de palavras anti-Israel tão letal quanto uma guerra lutada com balas e bombas.

A única coisa que esta “voz pela paz” deseja é a deslegitimização de Israel. Em sua “Nakba Fact Shhet”, JVP caracteriza a fundação de Israel como uma “catástrofe” e culpa exclusivamente Israel por criar refugiados palestinos, ignorando os papéis desempenhados por cinco exércitos atacantes árabes e líderes árabes locais aconselhando-os a partir.

Durante os mortais ataques palestinos sobre civis israelenses inocentes em 2015 e 2016, JVP postou no Facebook uma declaração referindo-se aos ataques como “resistência popular palestina”, e elogiando “uma nova geração de palestinos… erguendo-se em massa contra o brutal regime de Israel com décadas de ocupação, colonialismo e apartheid.” JVP usa o falso argumento da Autoridade Palestina da ameaça à mesquita Al-Aqsa em Jerusalém para validar assassinato.

Embora acuse o estabelecimento judaico americano de discordância e ações McCartistas, o próprio JVP tem uma história de tentar encerrar o debate. Desfez a reunião Taglit Birthright, juntou-se a outros grupos anti-judaicos para destruir uma reunião do conselho em Nova York discutindo uma comemoração do Holocausto e participou de campanhas para “fechar AIPAC” e “pular o discurso” – do Primeiro Ministro Netanyahu ao Congresso. O professor da Universidade Brandeis, Ilan Troen, explica: “Se você já lidou com o JVP, eles próprios são um grupo semi-terrorista, promovendo a ruína do discurso livre e a incapacidade de outros para fazer discurso público.”

Em resposta ao ataques do terror em Paris em 2015, JVP meramente expressou preocupação sobre a islamofobia, dizendo: “Os muçulmanos estão em grande risco… no contexto de preconceito invasivo, sistêmico e duradouro anti-Islã.” Essa “Voz Judaica Pela Paz”, apesar de sua oposição declarada ao preconceito, jamais reconheceu que o assassinato de compradores no mercado casher foi um ato anti-judaico.

A Liga Anti-Difamação descreve o JVP como uma das 10 piores organizações anti-Israel na América. “Enquanto os ativistas do JVP tentam se retratar como críticos judeus a Israel, sua ideologia nada mais é que uma completa rejeição a Israel.”

O JVP reconheceu que endossa e promove plenamente a campanha global BDS, juntando-se a outros grupos radicais de esquerda defendendo ao “término da ocupação de todos os países árabes” – não apenas o território capturado em 1967 – e o “direito ao retorno” de milhões de árabes a Israel.

Os proponentes do BDS reconhecem que seus esforços resultarão no desmanche de Israel como um estado judaico soberano. Omar Barghouti, um fundador do BDS, declarou em 2011: “O Comitê Nacional BDS vê o JVP como um importante aliado nos Estados Unidos.” Barghouti admite: “Terminar a ocupação não significa nada se não significar aprumar o próprio estado judaico.”

Os parceiros do JVP com os Muçulmanos Americanos pela Palestina (AMP) que, segundo recente testemunho no congresso, tem pelo menos sete indivíduos na equipe ou trabalhando com ela”que agiram pro ou a favor de organizações previamente fechadas ou foram civilmente confiáveis nos Estados Unidos para dar apoio financeiro ao Hamas.” Em 2013, JVP patrocinou uma campanha AMP para colocar cartazes demonizando Israel como apartheid e em 2015 participou da campanha da AMP, “Não às Taxas em Dólar para Israel”em Washington, DC.

JVP tem angariado dinheiro para o Movimento Solidariedade Internacional, ligado ao Hamas e Jihad Islâmico. Os membros da ISM têm escondido terroristas dos militares israelenses, provendo fundos ao Hamas e participou na propagando do Hamas em Gaza em 2014.

JVP publicamente se associa com organizações ligadas aos grupos terroristas dos Estados Unidos e não revela seus fundadores. Por quê? Segundo as declarações IRS 990 e financeiras auditadas, JVP relatou 2014 contribuições totais de $1.407.148. Desde sua fundação em 1996, um importante aumento de fundos tem permitido que JVP tenha um papel importante na campanha para deslegitimação de Israel.

NGO-Monitor, uma organização de vigilância baseada em Jerusalém, tem descoberto 33 fundações e organizações que doam dinheiro à JVP. Essa obra diligente representa um verdadeiro progresso para identificar contribuintes que o JVP se recusa a revelar.

Entre os maiores fundadores está o Fundo Rockfeller Brothers (RBF) cuja doação de $140.000 ao JVP, junto com outras doações de virulentos grupos anti-Israel, contribuem com sua missão de promover “um mundo mais justo, sustentável e pacífico”.

Fundos adicionais são providos por 21 outras organizações privadas, incluindo: Firedoll Foundation, Bônus Fund, Kaphan Foundation, Violet Jabara Charitable Trust e Left Tilt Fund, todas organizações que apóiam vigorosamente grupos anti-Israel.

Quais outros indivíduos e grupos estão apoiando JVP? Poderiam estar contribuindo a partir de fontes conectadas direta ou indiretamente com organizações terroristas? Não sabemos.

O que sabemos é que a Voz Judaica para a Paz não é uma “voz para paz”. Seu ódio por Israel é palpável e apóia a razão de ser das organizações – difamar, demonizar e criminalizar Israel para que o mundo veja o Estado de Israel como JVP o vê – um pária entre as nações.

Há e sempre tem havido uma genuína voz judaica buscando a paz – os milhões de vozes em Israel que ofereceram repetidas vezes a paz em 1947, 2000, 2001, 2008 e estão dispostas a fazer isso hoje.

Onde está a voz palestina para a paz?

Nós ouvimos a voz deles – “Do rio (Jordão) ao mar (Mediterrâneo), a Palestina será livre. Aquela voz quer limpar etnicamente o Oriente Médio do povo judeu.