A Torá relata que quando o Patriarca Yitschac se casou com Rivka, viu que ela substituía sua mãe Sara em todos os aspectos. Esquanto Sara vivia, as velas que acendia para Shabat na sexta-feira ardiam milagrosamente a semana inteira até a sexta-feira seguinte. Quando morreu, o milagre cessou; mas com a chegada de Rivka, recomeçou.
Na época, Rivka só tinha três anos de idade, um fato significativo citado muitas vezes pelo Rebe, em referência a sua campanha para inspirar mulheres e meninas, a partir de três anos, a observarem a mitsvá do acendimento das velas de Shabat e Yom Tov. Segue um exemplo, citado pelo Rebe, do que ocorreu em um lar judaico, além de muitos outros milagres que ocorrem no mundo todo .
Uma menina de apenas cinco anos que estudava em uma escola não religiosa em Israel, foi sensibilizada pela Campanha das Mitsvot do Rebe propagada pelos chassidim Chabad na Terra Santa. Sua mente jovem foi cativada pela nova ideia que incentivava cada menina judia, a partir dos três anos – de cumprir uma mitsvá só dela. A campanha teve uma grande repercussão e na tarde de sexta-feira meninas pequenas, ajudadas pelas suas mães, começaram a acender a sua própria vela de Shabat, recitar a bênção apropriada e receber o Shabat quando podiam então ficar observando a chama de sua vela brilhando e contribuindo para aumentar a luz em seu lar e no mundo.
Repleta de entusiasmo, essa menina entrou em casa correndo, segurando orgulhosamente a vela e seu novo castiçal. Sua alegria era transbordante mas foi logo cortada pela mãe, criada em um ambiente não religioso. “Nunca ouvi falar nisso e não vou permitir que uma menininha traga ideias novas para a nossa casa!”
A filha desabou em lágrimas. A mãe acabou cedendo. Na hora exata que lhe for a indicada, a menina acendeu a sua vela e cuidadosamente pronunciou a berachá. Ela vibrava de felicidade e foi percorrendo a casa avisando cada pessoa que por favor não tocassem, movessem ou apagasse sua preciosa vela.
Na semana seguinte ninguém levantou objeções ao acender a sua vela. Algumas semanas depois, o pai se absteve de ligar a TV enquanto a vela ardia. Por que? Ele não se sentia à vontade. O telefone tocou. Não atenderam.
Mais uma semana se passou e a mãe começou a acender as velas. (“Fica estranho só minha filha acender uma vela”). Tendo declarado na berachá de que era Shabat, um dia santificado, a mãe não conseguiu ligar o forno. Assim, na próxima semana começou a fazer cholent [prato tradicional de Shabat, preparado antes e conservado quente sobre uma chapa no fogão desde sexta-feira para ser servido no almoço de Shabat, no dia seguinte]. Isto afetou os hábitos alimentares do dia Santo e eventualmente toda a casa se transformou num lar observante de Torá! Como?
Por meio de uma única vela de Shabat, acesa por uma menininha de cinco anos de idade cuja luz da Torá e o cumprimento das mitsvot despertaram uma faísca adormecida que começou a brilhar e aquecer o seu coração.
Clique aqui para comentar este artigo