27 DE JANEIRO, 2016 13H39

O presidente do Parlamento Europeu disse que estava irritado com a presença de negadores do Holocausto entre seus companheiros parlamentares, informou o site de notícias israelense NRG.

Ao falar nas Nações Unidas por ocasião do Dia de Lembrança do Holocausto, Martin Schulz, que nasceu na Alemanha após a Segunda Guerra Mundial, disse: "Para nossa vergonha, alguns ainda não aprenderam as lições do passado."

"Alguns dizem que o Holocausto nunca aconteceu", disse ele, “que tudo não passa de mentira. O que me irrita é que eles estão sentados aqui no parlamento. Negadores do Holocausto são eleitos para o Parlamento Europeu. "

"Alguns insultam ou atacam pessoas, por serem judeus ou por apoiarem Israel", Schulz continuou, "destruindo cemitérios, pichando túmulos, cuspindo em jovens que usam a kipá.

"Na Europa de hoje, os judeus temem novamente por suas vidas; eles se perguntam se é seguro ir à sinagoga, se os seus filhos estarão protegidos na escola. Jovens se perguntam se devem criar seus filhos na Europa, e consideram partir por não se sentirem seguros ", disse ele. "Sem os judeus, a Europa não seria a Europa."

O Presidente do Congresso Judaico Europeu, Dr. Moshe Kantor, também manifestou-se no parlamento: "Quando uma sociedade permite que seus cidadãos fiquem sob ataque, isso significa que a sociedade permite que seus valores sejam atacados. Portanto, o objetivo agora é construir a comunidade para os judeus e para outras minorias. Isso é muito importante. Defender-nos de neonazistas, extrema direita, extrema-esquerda, de terroristas ou de grupos de imigrantes que estão vindo aqui, para a Europa. Como vimos em Colônia e Alemanha ", disse Kantor.

"Quais são os meios para enfrentar esses desafios? Não temos outros além da educação, paciência e da lei. Eu acredito que este local, onde hoje estamos reunidos, é a melhor casa possível para legislar uma start-up - algo que organizações judaicas têm feito ao longo de gerações ... Há um novo tipo de anti-semitismo que é chamado de anti-Israel. Na Europa, há muitos boicotes contra produtos israelenses. Vemos isso como um novo tipo de antissemitismo que põe em risco os judeus e toda a Europa. É como rótulos, como usar a estrela amarela de David."