“Veja quão bela é Minha obra, tudo foi criado para o seu proveito. Portanto não corrompa ou destrua Meu mundo. Se você o destruir não haverá quem o conserte depois”.

Essa poderia ser muito bem uma afirmação de um ambientalista moderno, mas foi a orientação dada ao primeiro ser humano do universo, Adão, no dia em que foi criado, pelo próprio Criador, ao lhe mostrar o Jardim do Éden.

A nossa tradição ensina que ao homem foi concedido o direito de usufruir de todos os recursos naturais disponíveis, mas jamais lhe foi dado o direito de destruí-los. Quem cortar uma árvore para construir uma casa, deverá plantar outra árvore no seu lugar. Quem quiser poderá comer peixe, contanto que preserve a espécie.

Diante das notícias alarmantes de falta de água e energia, é nosso dever examinar melhor as orientações do Criador relacionadas à proteção do meio ambiente. E não há melhor momento do que hoje, Tu Bishvat, data do Ano-Novo das árvores, para essa reflexão. Afinal, todos sabemos da ligação intrínseca entre o desmatamento e a crise atual.

Vale apontar para um fato interessante relatado no início do segundo capítulo de Bereshit, Gênesis: “Nenhum arbusto havia na terra e nenhuma grama germinara até esse momento, porque D’us não tinha feito chover, uma vez que não existia ser humano”. Embora a vegetação tivesse sido criada no terceiro dia, foi somente no sexto dia que choveu pela primeira vez – só depois que o homem foi criado, depois que ele reconheceu a necessidade da chuva e rezou para que ela caísse.

Diariamente pedimos por chuvas em nossas orações e em épocas de seca devemos intensificar os nossos pedidos e melhorar o nosso comportamento, para nos tornarmos merecedores dessa grande bênção.

Não há dúvida de que o bom D’us sabe de nossas necessidades. Ele aguarda apenas que as solicitemos.

O Criador confiou a sua bela obra em nossas mãos; cuidemos dela a preservemos!