18 de Novembro 2014 01;39
São cinco as vítimas mortas e ao menos quatro pessoas em situação crítica feridas no ataque terrorista emu ma sinagoga lotada nessa terça pela manhã.
Rabino Moshe Twersky, de 60 anos, membro senior da Yeshuvá Torat Moshe foi a primeira vítima a ter o nome divulgado pela radio de Israel. Twersky era filho do Rabino Isadore Twersky, fundador do Novo Centro Harvard de Estudos Judaicos.
Policiais israelenses disseram que dois terroristas palestinos entraram na sinagoga Kehilat Yaakov na Rua Shimon Agassi no bairro religioso de Har Nof às 7 da manhã, com facas, machados e armas de fogo.
Três das quatro vítimas tinham cidadania norte-americana e uma tinha a britânica. Além de Moshe Twersky (60 anos), Aryeh Kupinsky (43), Kalman Zeev Levin (55) e Avraham Shmuel Goldberg (68) eram rabinos.
Dois oficiais da polícia que se encontravam nas imediações cercaram o local atirando e matando os dois teroristas logo após o ataque ao complexo religioso. Um dos policiais feridos na sequência do ataque morreu devido aos ferimentos.
A área foi imediatamente cercada enquanto unidades terrestres apoiadas por helicópteros faziam buscas para encontrar um terceiro cúmplice que dirigia o veícuko que transportou os assassinos.
Benyamin Netanyahu, acusou Abbas e o Hamas de serem os responsáveis pelo ataque, dizendo que o ato foi "uma consequência direta dos seus incitamentos, um incitamento que a comunidade internacional irresponsavelmente ignorou". Ele ainda afirmou que o país "reagirá duramente à cruel morte dos judeus que estavam rezando".
O Ministro da Defesa, Moshe Yaalon, disse, “Israel atacará o terror de forma decisiva e não permitirá que ninguém perturbe nossas vidas. Perseguiremos os autores e aqueles que os enviaram.”
John Kerry, Secretário de Estado Americano, ligou para Netanyahu para oferecer condolências e condenou o ataque. “Esta manhã em Jerusalém palestinos atacaram judeus que estavam rezando em uma sinagoga”, Kerry falou aos repórteres. “Pessoas que vieram dirigir suas preces a D’us em um santuário de uma sinagoga foram… assassinadas em um local sagrado em um ato de puro terror e tremenda brutalidade.
“Exorto à liderança palestina, em cada um e em todos seus níveis, que condenem este ato veementemente,” e acrescentou. “uma brutalidade sem sentido e que não tem lugar no comportamento humano ,especialmente após a conversa que mantivemos recentemente em Amã.”
Enquanto uma declaração oficial do escritório de Abbas declarou: "A Presidência condena o ataque a judeus religiosos no seu local de oração e condena a matança de civis", ao mesmo tempo, a televisão oficial PA exibia imagens de moradores de Belém distribuindo doces nas ruas comemorando o ataque.
Os dois terroristas, Uday e Ghassan Abu Jamal, em seus 20 anos, eram membros da Frente Popular para a Libertação da Palestina. Os dois eram parentes de terroristas libertados na troca de prisioneiros com o Hamas para conseguir a libertação do ex-soldado israelense Gilad Shalit, em 2011.
Um porta-voz da polícia disse à rádio do Exército de que os dois terroristas, primos, eram residentes do bairro árabe da cidade, Jabal Mukaber. Um dos terroristas, aparentemente, trabalhou em um minimercado perto da sinagoga. Árabes no bairro onde os dois moravam e de outras áreas de Jerusalém, atiraram pedras e entraram em confronto com as forças de segurança enviadas para a área.
O ministro da Economia Naftali Bennett, disse: Abbas "que está entre os maiores terroristas para incitar o povo palestino, é diretamente responsável pelo sangue derramado dos judeus envoltos em seus xales de oração e tefilin. "Enquanto lidamos com fantasias sobre o processo político, os palestinos têm preparado uma infra-estrutura interligada de terrorismo e de incitamento. Mesmo o conceito de blocos de concreto, não irá deter o terrorismo, mas encorajá-lo ainda mais", disse ele.
"Abbas declarou guerra contra Israel, e devemos responder de acordo", declarou Bennett.
"Jerusalém sente dor e curva sua cabeça em luto", disse o prefeito Nir Barkat ao comentar o ataque. "Religiosos foram abatidos no meio de suas orações no coração de Jerusalém, em um assassinato terrivelmente cruel. Não vamos permitir que isso fique impune ", disse Barkat."Apelo às forças do governo de Israel e às forças de segurança para alocar todos os recursos necessários e a prefeitura de Jerusalém para ajudá-los, em tudo que for possível.
"O terrorismo não pode vencer, e – apesar de todas as dificuldades - peço a todos para continuarem com sua rotina diária e permanecerem em alerta em qualquer lugar da cidade.”
“Prometo aos residentes de Jerusalém que continuaremos a lutar com todas nossas habilidades, e faremos tudo para restaurar a calma à cidade.” Completou.
As mídias sociais palestinas não perderam tempo em glorificar o ataque, com um cartaz que faz uma caricatura grotesca onde mostra os terroristas atirando e esfaqueando e uma pilha de corpos. O balão da palavra mostra um atacante brandindo uma faca ensanguentada gritando: "Onde estão eles?", referindo-se aos judeus devotos.
Uma autoridade do Hamas postou a foto em sua página no Facebook.
Hamas em Gaza elogiou o ataque, chamando-o de "heróico".
"Não há uma solução para a questão palestina exceto através da Jihad. Iniciativas propostas e conferências internacionais são todos uma perda de tempo ", disse um porta-voz do grupo terrorista.
A Jihad Islâmica e Fatah também elogioaram o ataque, com um porta-voz do último culpando o governo de Israel pelas mortes.
Membro do partido Shas, Aryeh Deri, que estava na sinagoga durante o ataque falou à rádio do Exército que a cena de carnificina mostrava sangue nos bancos e no chão, com os mortos ainda envoltos em talit e tefillin.
"Os assassinos terroristas estavam gritando 'Allah Akbar", enquanto atacavam", disse ele, que tentou ligar para a polícia enquanto a onda de assassinatos se desenrolava.
Um socorrista do serviço EMS de resgate disse que estavam prestando atendimento à primeira vítima ferida quando se depararam com os tiros dos terroristas e tiveram que ir em busca de abrigo.
"Esta é a primeira vez que vi socorristas ficarem sob fogo de terroristas, ao estarem prestando ajuda", disse o médico Ya'akov Wertheimer, que vive nas proximidades. Em paralelo, a polícia em Bnei Brak, perto de Tel Aviv, prendeu um árabe não identificado tentando perpetrar outros ataque em um curto espaço de tempo após o primeiro, de acordo com relatórios iniciais.
O ataque à sinagoga ocorreu dois dias apósum forte incitamento dos meios de comunicação palestinos após a morte de um motorista de ônibus da cidade ter sido encontrado enforcado em seu veículo em uma garagem de ônibus. Uma autópsia da polícia israelense disse que ele cometeu suicídio, mas a mídia palestinas disse que ele foi "linchado por colonos", informação veemente negada por autoridades israelenses.
Pouco após o crime, um vídeo divulgado pelo braço armado do Hamas mostra o grupo ameaçando fazer uma série de atentados em Israel.
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