"Não deverás ver o boi ou a ovelha que pertencem a seu irmão se perderem e ignorá-los; pelo contrário, deverás restituí-los a teu irmão… E assim deves fazer com cada objeto perdido de teu irmão – não permaneças indiferente". Versículo - 22:1-3

O Grito de Uma Criança

Quando Rabi DovBer de Lubavitch era jovem, viveu na mesma casa que seu pai, Rabi Schneur Zalman. Rabi DovBer e sua família viviam no apartamento do andar térreo, e Rabi Schneur Zalman no segundo andar.

Certa noite, quando Rabi DovBer estava profundamente absorvido em seus estudos, seu filho mais novo caiu do berço. Rabi DovBer nada ouviu. Mas Rabi Schneur Zalman, que estava também imerso nos estudos em seu quarto no segundo andar, escutou os gritos da criança. O Rebe desceu as escadas, levantou o bebê do chão, enxugou suas lágrimas e devolveu-o ao berço, balançando-o até que dormisse. Rabi DovBer nada percebeu o tempo todo.

Mais tarde, Rabi Schneur Zalman admoestou o filho: "Não importa quão elevados sejam seus envolvimentos, nunca pode deixar de ouvir o grito de uma criança."

O Rebe de Lubavitch contou esta história numa reunião de ativistas comunitários em 1962. "Para mim," disse o Rebe, "esta história retrata a abordagem de Chabad-Lubavitch. Com toda a ênfase em auto-refinamento e o serviço ao Todo Poderoso, a pessoa deve sempre ouvir o grito de uma criança.

"Isto é mais verdadeiro nos dias de hoje, quando tantos filhos judeus, de todas as idades, caíram do berço de seu legado. Suas almas clamam por nós, e devemos ter a sensibilidade de ouvir seus gritos e responder a eles. Devemos interromper nossas preces e estudos e fazer tudo que estiver em nosso poder para aliviar estas almas desesperadas e devolvê-las a seu berço."