Pêssach nos lembra da escravidão e da saída do Egito. Isso traz à mente as dez pragas - punição imposta aos egípcios pelos maus tratos aos inocentes judeus em seu solo. Pêssach, assim, ensina que os povos que nos oprimem são penalizados, gerando a própria destruição. Essa é a lição que todos os faraós deveriam aprender.
A palavra Pêssach - literalmente, pular - indica que o anjo da morte vai somente aonde D'us o envia e lhe permite entrar; e que Ele zela pelo destino do povo de Israel. Isso também nos relembra que os filhos de Israel tinham que cumprir uma tarefa antes de merecer a proteção Divina: demonstrar espírito de absoluta confiança em D'us, mesmo arriscando a própria vida.
Havia um limite estabelecido para o exílio no Egito - 210 anos ou 400, a partir do nascimento de Yitschac (Isaac). O exílio da Babilônia também estava delimitado para durar 70 anos. Quando chegou a hora, D'us nos libertou. Podemos ter certeza que também existe um limite estabelecido por D'us para o presente exílio, o mais longo de todos. Por que? Porque é o último!
Claro, nenhuma história de Pêssach estaria completa sem mencionar a maravilhosa travessia do Mar Vermelho, o maior de todos os milagres que D'us fez para o povo judeu. Podemos esperar milagres similares e até maiores quando a Redenção Final chegar.
Pêssach também é a história do nascimento de nosso povo. Foi vontade Divina que fosse acompanhado por sangue, suor e lágrimas. Pois quando estaríamos livres, em nossa própria Terra, seria nosso dever lembrar do que foi a escravidão no exterior, para tratar todos com bondade e consideração. Somente aquele que penou é capaz de sentir o sofrimento do próximo; quem passou por miséria, é capaz de sentir as pontadas de fome do outro.
Na verdade, fomos pioneiros em proclamar bondade e amor, não meramente de um para outro, mas também aos demais povos. A Torá nos conta: "Não enganarás nem oprimirás o estrangeiro", e estabelece inúmeras leis para um tratamento mais humanitário geral. Sempre foi nosso dever mostrar ao mundo como conduzir uma vida melhor.
Tivemos que provar anos de escravidão no Egito antes de receber a sagrada Torá, pois era necessário um aperfeiçoamento e adequação para receber e prezar a maior dádiva Divina. Após a Outorga da Torá, tornamo-nos donos de nosso próprio destino, pois D'us nos concedeu a chave para a felicidade e liberdade eternas.
Não haveria necessidade de mais exílio, escravidão ou opressão para nosso povo se seguíssemos fielmente tudo o que a Torá nos comandou. Infelizmente falhamos e tivemos que retornar ao exílio para aprender mais.
Estamos agora muito próximos do final de nossas amarguras. Logo celebraremos a maior festa da liberdade. Antes de merecê-la, devemos mostrar o mesmo espírito de absoluta confiança em D'us e em Sua Torá - cumprindo todos seus mandamentos.
Não vamos deixar que a festa de Pêssach "passe por cima" dessas importantes lições.
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