Shabat, 4 Elul, 5784
Em preparação para a Festa de Shavuot, estudamos um dos seis capítulos da Ética dos Pais do Talmud (Avot) na tarde de cada um dos seus Shabatot entre Pêssach e Shavuot; esta semana, sendo o primeiro Shabat após Pêssach, estudamos o Capítulo Um. (Em muitas comunidades – e este é o costume Chabad – o ciclo de estudo é repetido durante o verão, até o Shabat antes de Rosh Hashaná.)
Elul é tradicionalmente uma época de introspecção e inventário – um tempo para rever as próprias ações e o progresso espiritual no ano que passou, e de preparar-se para os “Dias de Reverência” de Rosh Hashaná e Yom Kipur.
Sendo o mês do Perdão e da Misericórdia Divina, este é um tempo oportuno para teshuvá (retornar a D’us), prece e caridade na busca pelo auto-refinamento e para se aproximar mais de D’us. O mestre chassídico Rabi Shneur Zalman de Liadi compara Elul a um tempo em que “o rei está no campo” e, em contraste com o tempo em que ele está no palácio real, “todos que assim quiserem podem conhecê-lo, e ele recebe a todos com um semblante amigável e mostra a todos uma face sorridente.”
Os costumes específicos de Elul incluem o toque diário do shofar (chifre de carneiro) como um chamado ao arrependimento. O Báal Shem Tov instituiu o costume de recitar três capítulos adicionais de Tehilim a cada dia, de 1º de Elul até Yom Kipur (em Yom Kipur os restantes 36 capítulos são recitados, completando assim o livro inteiro de Tehilim).