Sexta-feira, 15 Setembro, 2023
O terceiro Rebe de Chabad, Rabi Menachem Mendel Schneersohn de Lubavitch (1789-1866) nasceu a 29 de Elul. Órfão de mãe aos 3 anos, foi criado pelo avô materno, Rabi Schneur Zalman de Liadi. Rabi Menachem Mendel assumiu a liderança de Chabad em 1827, por ocasião do falecimento de seu sogro e tio, Rabi Dovber de Lubavitch. Extremamente ativo nos assuntos comunitários estabeleceu e fundou colônias agrícolas judaicas que forneciam o sustento para milhares de famílias. Manteve-se também na frente de batalha contra o “Movimento do Iluminismo” que, com o apoio do regime czarista, procurava destruir a vida judaica tradicional – uma batalha que lhe granjeou nada menos que 22 (!) encarceramentos. No decorrer de sua vida, Rabi Menachem Mendel escreveu 48.000 páginas de ensinamentos chassídicos e exegese haláchica. É conhecido como o “Tsêmach Tsêdec” (“poço de integridade”) pela sua obra de responsa haláchica do mesmo nome.
A série de preces Selichot (súplicas) recitada em preparação para os "Dias de reverência" de Rosh Hashaná e Yom Kipur começa neste sábado à noite, após a meia-noite (segundo o costume ashkenazita; a comunidade sefaradita começa a 1º de Elul). Nos dias subseqüentes, o costume é recitar as Selichot nas primeiras horas da manhã, antes das preces matinais.
O shofar não é tocado no dia anterior a Rosh Hashanam para separar entre os toques de shofar do mês de Elul (que são um minhag, ou costume), e os toques de Rosh Hashaná, que são uma mitsvá biblicamente ordenada.
Após os serviços matinais, Hatarat Nedarim, a anulação de votos, é realizada (o texto para este procedimento é encontrado na maioria dos livros de orações).
É costume visitar os túmulos dos justos neste dia e rezar ali, pois o local de repouso de uma pessoa justa é um local oportuno para implorar ao Todo Poderoso.
Hoje é o último dia do ano judaico, um dia de preparação para Rosh Hashaná (Cabeça do Ano), que começa nesta noite. Selichot são recitadas antes das preces matinais. O shofar não é tocado na véspera de Rosh Hashaná, para separar entre os toques do shofar do mês de Elul (que são um minhag, ou “costume”) e os toques de Rosh Hashaná (que são uma mitsvá, um mandamento Divino). Após os serviços matinais, é feito Hatarat Nedarim, a anulação das promessas. Costuma-se rezar nos túmulos dos justos neste dia.
Elul é tradicionalmente uma época de introspecção e inventário – um tempo para rever as próprias ações e o progresso espiritual no ano que passou, e de preparar-se para os “Dias de Reverência” de Rosh Hashaná e Yom Kipur.
Sendo o mês do Perdão e da Misericórdia Divina, este é um tempo oportuno para teshuvá (retornar a D’us), prece e caridade na busca pelo auto-refinamento e para se aproximar mais de D’us. O mestre chassídico Rabi Shneur Zalman de Liadi compara Elul a um tempo em que “o rei está no campo” e, em contraste com o tempo em que ele está no palácio real, “todos que assim quiserem podem conhecê-lo, e ele recebe a todos com um semblante amigável e mostra a todos uma face sorridente.”
Os costumes específicos de Elul incluem o toque diário do shofar (chifre de carneiro) como um chamado ao arrependimento. O Báal Shem Tov instituiu o costume de recitar três capítulos adicionais de Tehilim a cada dia, de 1º de Elul até Yom Kipur (em Yom Kipur os restantes 36 capítulos são recitados, completando assim o livro inteiro de Tehilim).