Quarta-feira, 8 Elul, 5784
O zelador da Congregação Hebraica de Newport, Rhode Island, escreveu uma calorosa carta a George Washington, em nome da comunidade judaica, dando as boas-vindas ao Presidente em sua visita a Newport. Na carta, ele expressava uma visão de um governo americano que permitiria a todas as religiões conviverem lado a lado em harmonia, dando a todos os cidadãos a liberdade de praticar sua religião. Em 18 de agosto de 1790, o Presidente Washington respondeu:
Os cidadãos dos Estados Unidos da América têm o direito de aplaudirem a si mesmos por terem dado à humanidade exemplos de uma política ampla e liberal: uma política digna de ser imitada. Todos possuem a mesma liberdade de consciência e imunidades de cidadania. Fala-se agora em tolerância, como se fosse pela indulgência de uma classe de pessoas que outra classe desfrutasse o exercício de seus direitos naturais e inerentes. Pois felizmente o Governo dos Estados Unidos, que não sanciona a intolerância, que não acolhe a perseguição, exige apenas que aqueles que vivem sob sua proteção se comportem como bons cidadãos, para dar-lhes em todas as ocasiões seu efetivo apoio.
… Que os filhos do Rebanho de Avraham que habitam esta terra continuem a merecer e desfrutar a boa vontade dos outros habitantes; enquanto cada um se sente em segurança sob sua própria vinha e figueira, e não haverá ninguém para deixá-los temerosos…
Elul é tradicionalmente uma época de introspecção e inventário – um tempo para rever as próprias ações e o progresso espiritual no ano que passou, e de preparar-se para os “Dias de Reverência” de Rosh Hashaná e Yom Kipur.
Sendo o mês do Perdão e da Misericórdia Divina, este é um tempo oportuno para teshuvá (retornar a D’us), prece e caridade na busca pelo auto-refinamento e para se aproximar mais de D’us. O mestre chassídico Rabi Shneur Zalman de Liadi compara Elul a um tempo em que “o rei está no campo” e, em contraste com o tempo em que ele está no palácio real, “todos que assim quiserem podem conhecê-lo, e ele recebe a todos com um semblante amigável e mostra a todos uma face sorridente.”
Os costumes específicos de Elul incluem o toque diário do shofar (chifre de carneiro) como um chamado ao arrependimento. O Báal Shem Tov instituiu o costume de recitar três capítulos adicionais de Tehilim a cada dia, de 1º de Elul até Yom Kipur (em Yom Kipur os restantes 36 capítulos são recitados, completando assim o livro inteiro de Tehilim).