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Terça-feira, 23 Julho, 2024

Horas haláchicas (Zemanim)
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Jejum de 17 de Tamuz
História Judaica

O Talmud (Taanit 28b) relaciona cinco eventos trágicos da História Judaica que ocorreram em 17 de Tamuz, em decorrência dos quais um jejum foi instituído neste dia.

O primeiro ocorreu em 1313 AEC, quarenta dias após a Outorga da Torá no Sinai em 6 de Sivan. Ao descer do Monte Sinai e presenciar Israel adorando o bezerro de ouro, Moshê quebrou as Tábuas com os Dez Mandamentos.

As oferendas diárias (Corban Tamid) no Templo Sagrado foram descontinuadas três semanas antes da destruição do Primeiro Templo pelos babilônios em 423 AEC.

As outras três tragédias nacionais pranteadas em 17 de Tamuz estão conectadas à conquista romana de Jerusalém e a destruição do Segundo Templo em 69 EC.

As muralhas da cidade sitiada de Jerusalém foram quebradas.

O general romano Apostomus queimou a Torá e, Colocou um ídolo no Templo Sagrado.

A luta em Jerusalém continuou durante três semanas, até 9 de Av, quando o Templo Sagrado foi incendiado.

Leis e Costumes

Dia 17 de Tamuz é um dia de jejum, devotado a lamentar a quebra das muralhas de Jerusalém e os outros eventos trágicos ocorridos neste dia, e também ao arrependimento e em retificar suas causas. Abstemo-nos de comida e bebida desde o "romper do dia" (cerca de uma hora antes do nascer do sol, dependendo da localidade) até o anoitecer. Preces especiais e leituras da Torá são acrescentadas aos serviços diários.

Dia 17 de Tamuz assinala também o início das Três Semanas, período de luto que culminou em 9 de Av, lembrando a conquista de Jerusalém, a destruição do Templo Sagrado e a dispersão do povo judeu.

Casamentos e outros eventos alegres não são celebrados durante este período, e diversas atividades agradáveis, como comer carne ou beber vinho, ouvir música, banhar-se por prazer e usar roupas novas – estão limitadas ou proscritas. (Consulte o Código da Lei Judaica (Shulchan Aruch) ou um rabino qualificado sobre as proscrições específicas).

O Rebe insistia para que as Três Semanas fossem consideradas um período de aumento nas doações para caridade e estudo de Torá (para cumprir o versículo – Yeshayáhu 1:27 – "Tzion será redimida pela lei, e seus retornantes pela caridade"), especialmente o estudo daquelas porções da Torá que tratam das leis e do profundo significado do Templo Sagrado.