Sexta-feira, 6 Sivan, 5783
A 6 de Sivan do ano 2448 da Criação (1313 AEC), sete semanas após o Êxodo, D’us revelou-Se no Monte Sinai. Todo o povo de Israel (600.000 homens e suas famílias), bem como as almas de todas as futuras gerações de judeus, ouviram D’us declarar os primeiros dois dos Dez Mandamentos, e testemunharam a comunicação dos outros oito, de D’us para Moshê. Depois da revelação, Moshê subiu à montanha por 40 dias, para receber o restante da Torá de D’us. No Sinai, D’us rescindiu o “decreto” e “dividiu” (gezeirá) o que estava valendo desde o segundo dia da Criação, separando o espiritual e o físico em dois mundos herméticos; a partir daí, “os reinos superiores poderiam descer até os reinos inferiores, e o inferior poderia subir até o mais elevado.” Assim, nasceu a “mitsvá” – um ato físico que, pelo fato de ter sido ordenado por D’us, traz a Divindade até o mundo
David, descendente de Yehuda, filho de Yaacov e de Ruth, uma moabita convertida ao Judaísmo, foi ungido Rei de Israel por Shemuel em 878 AEC; todos os futuros reis legítimos de Israel eram descendentes de David, como será Mashiach, que “restaurará o reino de David à sua antiga glória”.
David lutou por muitos anos, derrotando os inimigos de Israel e assegurando a expansão de suas fronteiras; ele conquistou Jerusalém, adquiriu o Monte do Templo de seu proprietário Iebusita, e preparou o alicerce para o Templo Sagrado (que foi construído por seu filho, o Rei Shelomô). David atuou como líder do Sanhedrin e foi a mais destacada autoridade de Torá em sua geração; é também o “doce cantor de Israel”, que compôs o Livro dos Salmos (Tehilim). O Rei David faleceu a 6 de Sivan de 837 AEC, aos 70 anos.
Durante a Primeira Cruzada, os judeus de Colônia, Alemanha, preferiram ser mortos a se converter ao Cristianismo. Isso ocorreu, durante as primeiras cruzadas, onde muitos judeus tiveram a opção de serem mortos ou batizados, A maioria daqueles que se converteram continuou a praticar o Judaísmo em segredo e, um ano depois, recebeu permissão de Henrique IV a retornar abertamente ao Judaísmo.
Em 1734, Rabi Israel Báal Shem Tov (Besht) – 1698-1760), que até aquela época tinha vivido como um tsadic oculto, começou a disseminar publicamente seus ensinamentos. Embora nada tenha acrescentado de “novo” ao Judaísmo, ele re-enfatizou verdades e doutrinas que tinham sido enterradas sob as provações do exílio: o imenso amor que D’us tem por todo judeu, o significado cósmico de toda mitsvá que uma pessoa cumpre, o significado Divino que existe em cada folha de grama, em todo acontecimento, e em cada pensamento no universo. Ele falou às massas oprimidas e aos eruditos afastados, dando significado à sua existência, e assim alegria, e também vida. Muitos discípulos foram até ele para embeber a “alma interior” de Torá, e o novo movimento passou a ser conhecido como Chassidismo. Rabi Israel faleceu a 6 de Sivan de 1760, e foi sucedido (um ano depois) pelo seu discípulo, Rabi DovBer de Mezeritch.
O Talmud relata que quando D’us veio para dar a Torá ao Povo de Israel bem cedo na manhã de 6 de Sivan, Ele os encontrou dormindo (os mestres chassídicos explicam que esta foi uma tentativa de conectá-los ao seu subconsciente, ao seu “eu” transcendente em preparação para o recebimento da sabedoria Divina). Para retificar este lapso, passamos toda a noite de Shavuot (i.e., terça-feira à noite) estudando Torá. O tradicional programa de estudos Ticun Leil Shavuot (Retificação para a Noite de Shavuot) inclui os versículos de abertura e os versículos finais de cada livro da Torá Escrita (Tanach), todo o Livro de Ruth (veja abaixo) as seções de abertura e de encerramento de cada tratado do Talmud, uma lista das 613 mitsvot, e leituras selecionadas do Zôhar e outras obras cabalistas.
O Lubavitcher Rebe insistia que todas as crianças – incluindo bebês – deveriam ser levadas à sinagoga no primeiro dia de Shavuot para ouvirem a leitura dos Dez Mandamentos numa encenação da Outorga da Torá no Sinai. Nossos Sábios relatam que quando D’us veio para dar a Torá ao povo de Israel, Ele pediu uma garantia de que eles não a esqueceriam. “O céu e a terra serão nossos fiadores” – disseram os judeus, mas D’us respondeu que “eles não durarão para sempre”. Então o povo disse: “Nossos pais serão nossos fiadores”, mas D’us disse que “eles estão ocupados”. Foi somente quando prometemos que “nossos filhos serão a garantia”, que D’us concordou. “Estes são excelentes fiadores.”
É costume em muitas comunidades ler o Livro de Ruth, que relata a história de Ruth, uma princesa moabita que se converteu ao Judaísmo.
É costume comer alimentos à base de leite em Shavuot. As receitas tradicionais de Shavuot incluem cheesecake e blintzes.
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