Terça-feira, 21 Março, 2023
Nos tempos talmúdicos, 28 de Adar costumava ser celebrado para comemorar a rescisão de um decreto romano contra a circuncisão ritual, estudo de Torá e guardar o Shabat. O decreto foi revogado através dos esforços de Rabi Yehudah ben Shamua e seus colegas rabinos. (Meguilat Taanit, Rosh Hashaná 19a)
Ahmed Pasha foi governador do Egito sob Salim II “O Magnífico”, o Sultão do Império Otomano. Ahmed tramava transferir o Império Otomano e declarar-se Sultão do Egito. Ele pediu ao cunhado judeu Abraham de Castro para cunhar novas moedas egípcias estampadas com sua imagem. Em vez disso, De Castro foi a Constantinopla e informou Salim II do complô de Ahmed.
Ahmed decidiu empreender vingança contra a comunidade judaica do Cairo. Aprisionou muitos dos seus líderes e ameaçou executá-los, a menos que lhe fosse paga uma soma enorme.
Os judeus do Cairo jejuaram e rezaram a D’us. Uma grande quantia em dinheiro foi coletada, mas não atingiu o valor exigido por Ahmed. Antes das execuções planejadas, Ahmed visitou uma casa de banhos. Quando estava saindo das termas foi atacado e gravemente ferido por um grupo formado por seus próprios conselheiros e governadores. Ahmed escapou porém mais tarde foi capturado e decapitado. A partir de então, os judeus do Cairo passaram a observar 28 de Adar como dia de celebração. Uma meguilá (rolo) especial escrita para comemorar o milagre era lida no Cairo todo ano naquela data.