Shabat, 25 Fevereiro, 2023
A trágica saga da prisão de Rabi Meir ben Baruch (Maharam) de Rothenburg chegou ao fim quando seu corpo foi resgatado, 14 anos após sua morte, por Alexander ben Shlomo (Susskind) Wimpen.
“Maharam” (1215?-1293) foi a autoridade de Torá liderante na Alemanha, e escreveu milhares de responsa haláchicas, bem como o comentário Tosafot do Tratato Talmúdico Yoma. Em 1283 ele foi aprisionado na Fortaleza Ensisheim e foi pedido um enorme resgate, mas ele proibiu a conunidade judaica de pagá-lo (baseado no decreto talmúdico que que somas exorbitantes não devem ser pagas para libertar cativos, pois isso encorajaria a tomada de reféns por resgates). Durante muitos anos o discípulo do Maharam, Rabi Shimon ben Tzadok, teve permissão de visitá-lo em sua cela e registrou seus ensinamentos numa obra chamada Tashbetz.
Mesmo após o falecimento do Maharam em 1293, seu corpo não foi liberado para sepultamento até ser resgatado por Rabi Alexander, que subsequentemente foi sepultado ao seu lado.
Dia 4 de Adar é o yahrtzeit (aniversário de falecimento) de Rabi Leib Sarah’s (1730-1796), discípulo de Rabi Israel Baal Shem Tov. Um dos “tsadikim ocultos”, Rabi Leib passou a vida vagando de um lugar a outro angariando dinheiro para resgatar judeus aprisionados e para sustentar outros tsadikim ocultos.
Em 1555, o Papa Paulo IV segregou os judeus de Roma num quarteirão murado cercado por portões que eram trancados à noite. Os judeus do gueto foram então sujeitos a várias formas de degradação, bem como a restrições de sua liberdades individuais.
Durante a Revolução Francesa, a Itália foi conquistada por Napoleão Bonaparte. Em 4 de Adar terça-feira, 20 de fevereiro de 1798, o gueto foi legalmente abolido. Foi reinstalado, porém, assim que o Papa recuperou o controle.