Quarta-feira, 22 Fevereiro, 2023
A nona praga a atingir os egípcios pela sua recusa em libertar os Filhos de Israel da escravidão – uma densa escuridão que cobriu a terra de maneira que “nenhum homem via seu próximo, e nenhum homem podia se mover do lugar” (Shemot 10:23) – começou em 1º de Adar, seis semanas antes do Êxodo.
O altamente considerado comentarista bíblico, Rabi Avraham ben Meir Ibn Ezra (1089?-1164), faleceu em 1º de Adar 1.
1º de Adar é também o yahrtzeit (aniversário de falecimento) do grande halachista Rabi Shabtai Hakohen Katz (1621-1663?), autor do comentário Siftei Cohen sobre o Código da Lei Judaica de Rabi Yosef Caro. É conhecido como “Shach” – um acrônimo do nome de sua obra, que serve até hoje como fonte fundamental da Halachá (Lei Judaica).
Hoje é o primeiro dos dois Rosh Chodesh (Cabeça do Mês), para Adar I (quando um mês tem 30 dias, o último dia do mês e o primeiro do mês seguinte servem como Rosh Chodesh do mês vindouro).
Porções especiais são acrescentadas às preces diárias: Halel (Tehilim 113-118) é recitado – em sua forma “parcial” – após a prece matinal Shacharit, e a prece Yaaleh V’yavo é acrescentada à Amidá e às Graças Após as Refeições; a prece adicional Mussaf é recitada (quando Rosh Chodesh é Shabat, adições especiais são feitas ao Shabat Mussaf). Tachanun (confissão dos pecados) e preces similares são omitidas.
Muitos têm o costume de marcar Rosh Chodesh com uma refeição festiva e redução na atividade de trabalho. Este costume prevalece entre as mulheres, que têm uma afinidade especial com Rosh Chodesh – o mês é o aspecto feminino do calendário judaico.
Hoje é Tu B’Shevat (“o 15 de Shevat”) que assinala o início de um “Ano Novo das Árvores.” É a estação as árvores que primeiro brotam na Terra de Israel emergem do seu sono de inverno e iniciam um novo ciclo de produção dee frutos.
Legalmente, o “Ano Novo das Árvores” está relacionado aos vários dízimos que devem ser separados da produção cultivada na Terra Santa. Marcamos o dia comendo frutas, especialmente das “Sete Espécies” que são mencionadas na Torá em seu louvor à fartura da Terra Santa (trigo, centeio, uvas, figos, romãs, azeitonas e tâmaras). Nesse dia lembramos que “O Homem é uma árvore do campo” (Deuteronômio 20:19) e refletimos sobre as lições que podemos extrair de nossa analogia botânica.