Segunda-feira, 4 Setembro, 2023
18 de Elul é o yahrtzeit de Rabi Yehudah Loewe, o “Maharal de Praga” (1525-1609), famoso erudito de Torá, filósofo, cabalista e líder judaico. Conhecido popularmente por ter criado um “golem” (homem de argila) para proteger a comunidade judaica de Praga das freqüentes ameaças de libelos de sangue.
Data de nascimento do Báal Shem Tov (1698-1760), fundador do Movimento Chassídico.
Após muitos anos como membro da sociedade de “tsadikim ocultos”, vivendo sob o disfarce de um oleiro ignorante, Rabi Israel Báal Shem Tov foi instruído por seus mestres a revelar-se e começar a disseminar publicamente seus ensinamentos. Isso ocorreu em seu 36º aniversário, 18 de Elul de 5494 (1734).
Rabi Shneur Zalman de Liadi (1745-1812), fundador do ramo Chabad do Chassidismo, nasceu a 18 de Elul de 5505 – o 47º aniversário de seu “avô espiritual”, Rabi Israel Báal Shem Tov (Rabi Shneur Zalman foi discípulo do discípulo e sucessor do Báal Shem Tov, Rabi DovBer de Mezeritch).
"Chai Elul" , 18 de Elul, é celebrado pela comunidade chassídica como aniversário dos "dois grandes luminares" – Rabi Israel Báal Shem Tov, fundador do chassidismo, e Rabi Shneur Zalman de Liadi, fundador de Chabad. Os chassidim desejam-se "Gut Yom Tov!" e promovem farbrenguens.
Elul, o último mês do ano judaico, é devotado ao exame de consciência e introspecção. Uma tradição chassídica afirma que os últimos doze dias do ano – 18 a 29 de Elul – são especificamente devotados aos doze meses do ano que se encerra; em cada um desses doze dias, deve-se revisar as ações e realizações do mês correspondente.
Elul é tradicionalmente uma época de introspecção e inventário – um tempo para rever as próprias ações e o progresso espiritual no ano que passou, e de preparar-se para os “Dias de Reverência” de Rosh Hashaná e Yom Kipur.
Sendo o mês do Perdão e da Misericórdia Divina, este é um tempo oportuno para teshuvá (retornar a D’us), prece e caridade na busca pelo auto-refinamento e para se aproximar mais de D’us. O mestre chassídico Rabi Shneur Zalman de Liadi compara Elul a um tempo em que “o rei está no campo” e, em contraste com o tempo em que ele está no palácio real, “todos que assim quiserem podem conhecê-lo, e ele recebe a todos com um semblante amigável e mostra a todos uma face sorridente.”
Os costumes específicos de Elul incluem o toque diário do shofar (chifre de carneiro) como um chamado ao arrependimento. O Báal Shem Tov instituiu o costume de recitar três capítulos adicionais de Tehilim a cada dia, de 1º de Elul até Yom Kipur (em Yom Kipur os restantes 36 capítulos são recitados, completando assim o livro inteiro de Tehilim).